Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]



Na estrada com as crianças

por Ivone Neto, em 26.05.14

A Isa sempre me surpreende. Na última sexta-feira, pela segunda vez, a primeira tinha sido para Belo Horizonte, viajei sozinha com meus dois filhos pequenos. Eu, Isa, Arthur, uma mala e uma bolsa menor com banana, suco, fralda e coisas do tipo. Bom, primeiro preciso urgente providenciar uma mochila como a que meu irmão Paulo tem. Facilita muito quando temos que segurar uma criança no colo e outra na mão e dá um jeito com as bagagens. Na próxima aventura, como diz a Isa, a mochila de mochileiro já estará nas minhas costas.

Eu ouvir de uma mulher na rodoviária: “nossa dá muito trabalho viajar com duas crianças, eu não teria coragem, você tá indo sozinha?”. Pois é, eu tenho e embora eu concorde que não é fácil, acredito que há aprendizados tão mágicos para mãe e filhos cada vez que temos a coragem de pegar a estrada que valem todo esforço. Há lugares que tem o poder de recarregar nossas energias, alguns chamam de refúgio, eu prefiro chamar de laço. Meu laço mar tem lugar e cada vez que chego lá, sinto um abraço tão afetuoso do mar&montanha que abriga todo meu ser numa leve gratidão.

 

A Isa está próxima de completar 6 anos e já se vira bem. Minha menina até conseguiu ir sozinha ao banheiro do ônibus. Já o Arthur que tem 2 anos precisa de mais cuidados e ainda exige muito colo. Eu e Isa combinamos que da próxima vez iremos sozinhas. “Mãe, vamos viajar nós duas?” Sim, vamos combinar uma viagem das meninas das águas. E ela já até disse: deixa o Arthur com a Tia Coca. Está ficando esperta minha menina Isa.

 

E que bem precioso essa leveza gratidão que trouxe em minha  bagagem com cheiro de ondas do mar e som das risadas das crianças correndo livres na areia.

publicado às 17:24

Mãe porque você ficou doente?

por Ivone Neto, em 13.05.14

Essa é uma frase que eu já disse e que já ouvi de outras mães. Realmente quando temos filhos pequenos que pedem colo, que precisam de banho e alimentação numa noite fria, em que você chega a sua casa depois de 1 dia de trabalho com febre, dor de garganta e cabeça e seu corpo inteiro pede banho e cama, exige um esforço maior.
 
A Isa argumenta com seu ar preocupado: mãe porque você ficou doente? Sim, ela tem certo pavor de febres, injeções e coisas do tipo. Para acalmá-la eu tento fazer o máximo para sorrir e digo: filha é só uma dor chata, mamãe vai tomar remédio e logo vai passar. A Isa diz: mamãe vai ter que ir ao médico? Eu digo: não, mamãe vai tomar remédio e vai sarar.

Depois de um suco para as crianças e um lanche simples, sem forças para fazer o jantar, eu tomo meu banho quente e deito. Enquanto o pai vai até a farmácia, a Isa brinca com o irmão e diz: Tutu mamãe tá dodói, não pula em cima dela e não faz muita bagunça. E os dois assistem ao Discovery no quarto ao lado. E nos intervalos ela vem até meu quarto para conferir se estou bem. Minha menina proximidade. Só esse cuidado já é uma força fenomenal para mamãe sarar ainda mais rápido.

publicado às 12:33

Mãe ser múltiplo

por Ivone Neto, em 06.05.14

Sabe aquele velho ditado de que você sabe o que é ser mãe quando é? Realmente refletimos muito sobre a importância de nossa mãe quando somos mãe. Minha mãe tem um processo de entrega profundo. Com os filhos e netos.  Minha irmã também é uma mãe de pura entrega com os gêmeos.  Sua dedicação é ímpar. Sua organização exemplar. Eu já sou mais desprendida com alguns fatores. Diz a filha de uma amiga minha: “nossa como você é zen”. Eu procuro não me estressar com determinadas coisas. Por exemplo, se eu não encontro o par da meia na hora de trocar o Arthur pra ele ir pra escola cedo, eu coloco meia trocada e ele vai assim mesmo.  Meu tempo é raro e entre organizar as gavetas ou brincar com eles, ou até mesmo fazer o jantar, eu fico com as últimas opções.

 

Confesso que tem vezes que preferiria está bem sozinha, especialmente, quando estou em meu momento banho e eles ficam batendo na porta ou, como já aconteceu, saio do banheiro e encontro ela dormindo na frente da porta.  Entre ternura e perplexidade eu vou seguindo minha jornada maternal. E me surpreendo com eles e comigo também. Há tantas diferenças e aprendizados em cada fase. Tem momentos de comunhão com todos eles gargalhando e brincando ao mesmo tempo, que experimento o mais precioso formato de felicidade. O que mais aprendo com meus filhos é a bênção do desapego. Em instantes o choro, em outros sorrisos. Com os três observo que a mudança é o que mais permanece na jornada da vida. Com isso tenho praticado minha filosofia de que MENOS é MAIS e MAIS é MENOS em diferentes aspectos.

 

Sei que sou falha em algumas situações. Eu me perdoo e procuro melhorar no passo seguinte. Certa vez eu ouvi: não sei como você teve filhos, parece que não tem muito estilo para maternidade. Eu respondi com meu sorriso e fiquei pensando quanta generosidade há na diversidade de cada mãe. Essa multiplicidade do ser mãe nos permite enxergar que há muitas possibilidades de ensinar e aprender. Como tenho aversão a rótulos, esse modo de caracterizar mãe assim ou assado me aborrece. Realmente eu não me enquadro em nenhum padrão. Como todas as mães, eu sou única. 

Minhas crias, singulares por essência 

Tags:

publicado às 17:56


Mais sobre mim

foto do autor


Pesquisar

  Pesquisar no Blog

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.


Arquivo

  1. 2024
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2023
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2022
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2021
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2020
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
  66. 2019
  67. J
  68. F
  69. M
  70. A
  71. M
  72. J
  73. J
  74. A
  75. S
  76. O
  77. N
  78. D
  79. 2018
  80. J
  81. F
  82. M
  83. A
  84. M
  85. J
  86. J
  87. A
  88. S
  89. O
  90. N
  91. D
  92. 2017
  93. J
  94. F
  95. M
  96. A
  97. M
  98. J
  99. J
  100. A
  101. S
  102. O
  103. N
  104. D
  105. 2016
  106. J
  107. F
  108. M
  109. A
  110. M
  111. J
  112. J
  113. A
  114. S
  115. O
  116. N
  117. D
  118. 2015
  119. J
  120. F
  121. M
  122. A
  123. M
  124. J
  125. J
  126. A
  127. S
  128. O
  129. N
  130. D
  131. 2014
  132. J
  133. F
  134. M
  135. A
  136. M
  137. J
  138. J
  139. A
  140. S
  141. O
  142. N
  143. D
  144. 2013
  145. J
  146. F
  147. M
  148. A
  149. M
  150. J
  151. J
  152. A
  153. S
  154. O
  155. N
  156. D
  157. 2012
  158. J
  159. F
  160. M
  161. A
  162. M
  163. J
  164. J
  165. A
  166. S
  167. O
  168. N
  169. D
  170. 2011
  171. J
  172. F
  173. M
  174. A
  175. M
  176. J
  177. J
  178. A
  179. S
  180. O
  181. N
  182. D
  183. 2010
  184. J
  185. F
  186. M
  187. A
  188. M
  189. J
  190. J
  191. A
  192. S
  193. O
  194. N
  195. D
  196. 2009
  197. J
  198. F
  199. M
  200. A
  201. M
  202. J
  203. J
  204. A
  205. S
  206. O
  207. N
  208. D
  209. 2008
  210. J
  211. F
  212. M
  213. A
  214. M
  215. J
  216. J
  217. A
  218. S
  219. O
  220. N
  221. D