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Meu Blog Maternidade. Aqui vou registrando meu aprendizado do cotidiano de mãe. Minhas percepções, desafios, emoções, acontecimentos e sensações únicas da minha jornada maternal. Tenho duas filhas e um filho, três sementes, frutos, presentes AMOR
Ontem à tarde eu recebi uma ligação da escola da Isa dizendo que ela estava chorando de dor de cabeça. Foi a primeira vez que ela queixou-se de dor de cabeça. Sai do trabalho e fui buscar minha pequena. Mediquei com remédio e levei até a casa de minha irmã para que ela dormisse um pouco e eu pudesse retornar ao trabalho. Quando fui pegar ela no final do expediente ela ainda disse que estava doendo e sinalizou onde era a dor. Fiquei pensando, será enxaqueca igual a minha?
Chegando a nossa casa para o terceiro tempo do dia, deixei a Isa deitada com a luz apagada e assistindo desenho enquanto eu fazia o jantar. Sim, a iluminação parece ampliar a dor da enxaqueca. Cortei sua carne picadinha como ela gosta e ela ainda insistia em reclamar com a dor, mas disse que estava com fome também. Notei que ela estava ficando pálida assim como eu fico nessas ocasiões. E antes de terminar de jantar veio o vômito. Minha pequena Isa fica apavorada vomitando. Tento acalmá-la da melhor forma que uma mãe pode tentar. Acabou.
Depois da limpeza de tudo e com ela mais calma, eu perguntei: filha e a dor de cabeça agora? Não dói mais mãe. Sim, depois do vômito a dor de cabeça latejante da enxaqueca parece evaporar. Acabou a crise de enxaqueca. E, sinceramente, espero que seja a primeira de poucas. Liguei para Rosana, minha fiel consultora que com sua habilidade na acupuntura me livrou das constantes crises de enxaqueca para relatar o acontecimento e, ela me tranquilizou, dizendo que embora seja hereditária, minha vozinha tem, a crise da Isa pode ser por conta do antibiótico que ela está tomando por causa da infecção de garganta.
De qualquer forma, já sei a quem recorrer caso as crises aconteçam mais vezes. A acupuntura reduziu em 90% minhas crises de enxaqueca, sem falar no alívio que essa milenar técnica promove para diversas disfunções.
Recentemente fiz a primeira viagem de avião com meu pequeno Arthur, acompanhado de sua irmã Isa. Ele com 1 ano e 5 meses, ela já com 5 anos. Confesso que fiquei receosa por conta do tempo do voo. Tivemos também a companhia do meu sobrinho Paulo Henrique que entende tudo de procedimento de aeronaves.
Apesar de ter comprado as passagens com antecedência, fiz as malas no último dia. Pouca coisa. Cansei de excessos. Sempre coloquei roupas na mala que não usei, agora, levo apenas o essencial, sem nenhum extra. A vida pede leveza. Acredito que aprendi isso com o sertão que vive em meu coração. É minha terra e apesar das carências em diversas situações, encontramos tanta abundância de alegria que a viagem para visitar minhas raízes são sempre maravilhosas e com tudo que é relevante. Curtas e intensas.
Bem, foram cerca de 3 horas de voo de São Paulo a Juazeiro do Norte e depois mais de 2:30 até chegar a casa dos meus avós, bisavós dos meus filhos. Ida e volta. Fui surpreendida positivamente. Sim, eles ficaram inquietos, no entanto, deram muito menos “trabalho” do que previ. Valeu todo meu esforço pra ver o sorriso dos meus avós, receber o abraço de minha mãe e irmãos e sentir o acolhimento e amor da minha família.
Com certeza o sertão é um universo totalmente diferente da realidade deles aqui em São Paulo. O Arthur ficou os 3 primeiros dias só bebendo água e suco, já no terceiro dia começou com a banana, frango, arroz e feijão, muito pouco, porém, um sinal de que já estava começando uma adaptação. Toda mudança gera impactos. Só que desde cedo temos que aprender a vencer esses desafios em muitos sentidos porque a vida é constante movimento de mudança.
A Isa me surpreendeu até com a comida. Até apreciou e pediu bis da carne assada de bode. Sem contar na diversão. Nossa, o Arthur e Isa divertiram-se muito no sertão pernambucano. Correndo atrás das galinhas, vendo o gado no curral, as criações do sítio, o açude e tantos outros detalhes diferenciais. A Isa brincou demais no veículo que leva os alunos do sítio para a cidade. E o Arthur pegou carona na brincadeira. Arrastando-se por debaixo dos bancos e pulando muito. Eita que felicidade simples e contagiante.
Foram poucos e muitos dias ao mesmo tempo. Tudo que é especial torna-se eterno. Era fase da Lua Cheia e que espetáculo o luar do sertão. Apaixonante. Saudade feliz, essa que sentimos de tudo que é relevante em nossa jornada.
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