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Meu Blog Maternidade. Aqui vou registrando meu aprendizado do cotidiano de mãe. Minhas percepções, desafios, emoções, acontecimentos e sensações únicas da minha jornada maternal. Tenho duas filhas e um filho, três sementes, frutos, presentes AMOR
“Mãe minha amiga tem celular, porque eu ainda não posso ter?” Questiona minha Isa de 6 anos. Já conversamos sobre isso e já expliquei que ela não tem necessidade de ter um celular. Já tem o tablet para brincar no dia e horário que determinamos. Na quarta-feira a noite, por exemplo, é dia de brincar com amiga, com bonecas e brinquedos.
Ela chegou da casa da outra Isa, novamente com o mesmo questionamento já que sua amiga mostrou seu presente celular. Novamente eu argumentei que celular é um aparelho que utilizamos para nos comunicar com as pessoas e que isso é muito importante no trabalho da mamãe para atender os clientes. É também útil para falar com sua irmã mais velha quando ela viaja ou está fora de casa. Enfim, tentei explicar da melhor forma possível que tudo depende do uso que fazemos. E que é preciso que a necessidade seja compatível com cada situação. E esse ainda não é momento dela utilizar celular.
E a conversa seguiu para outro rumo. Foi à vez de dialogar sobre diferenças. A família da sua amiga é a família dela. Sua família é sua família. As regras variam de casa para casa. O ambiente familiar é palco da diversidade e temos que respeitar que lá é assim e que aqui é assado. E esse papão ainda vai render muitas discussões e aprendizados...
Despois fiquei refletindo sobre nosso papo e logo eu me lembrei dos comentários de um amigo que tem certa aversão a essa “conexão” precoce das crianças que já nascem nesse ambiente “conectado”.
“Felicitar as pessoas via WhatsApp ou Facebook até mesmo quando você está no mesmo espaço está virando rotina.” P...levanta da cadeira e vai lá dar uma abraço.
E completa:
“as crianças ganham tablet ou celular de presente muito cedo, ficam ágeis em telas touch e navegam cada vez menos em universos lúdicos infantis” Tudo em excesso é perigoso.
Equilíbrio é palavra chave e um desafio da jornada maternal e de outras trilhas...
Cada pessoa é única. Tenho três filhos, 2 meninas e 1 menino. Os dois pequenos, Isa e Arthur com suas diferenças e semelhanças. O diferencial de cada um é uma dádiva. Arthur ama animais e fazenda, adora pisar na terra, correr pelo campo. A Isa ama o mar, a praia, as águas de sua vida para nadar, mergulhar e ampliar sua conexão com seu elemento sagrado.
E, percebo que nem sempre dá para unir os dois no mesmo passeio. Um se diverte, outro se estressa. Tive essa experiência esse final de semana quando levei os dois numa mini fazenda. O Arthur encantado com todos os animais não parava de brincar e correr de um lado pro outro. A Isa chorando, querendo ir embora, sem conexão com aquele mundo. Na volta, Arthur disse “tô com saudade da fazenda” e a Isa “nunca mais quero vir aqui”.
Temos que respeitar as afinidades e diferenças de cada um e conciliando os passeios e tantos outros detalhes da jornada maternal.
O dente superior da Isa estava mole, com o tempo foi ficando cada vez mais e até que chegou o dia dele ficar pendurado por um triz. O pai pegou e ele caiu. Quanta alegria. O terceiro dente de leite se foi. Ela guardou com todo cuidado para colocar debaixo do travesseiro a noite. Quando foi escovar os dentes para dormir, pegou o dentinho solto para escovar e entregar ele limpinho para a fada. E eis que veio o irmão pequeno e deu um leve empurrão nela e lá se foi o dente pelo ralo. Que tragédia!
O choro compulsivo dela fez o Arthur cair no pranto também. Eu sozinha em casa com os pequenos na noite de sexta-feira tive que lidar com essa situação e tentar acalmar o choro dos dois. Argumentei que ninguém iria mais utilizar a pia até o dia seguinte que havia grandes chances de salvar o dentinho. Só assim a Isa parou de chorar, já com os olhos inchados de tanto choro. Acalmou, deitou no seu cantinho e adormeceu. O Arthur ficou aliviado e também cessou as lágrimas. Logo os dois dormiram, consegui tomar banho e descansar no sofá assistindo Santa Ajuda. E como as mães precisam de uma santa ajuda de vez em quando.
A Isa acordou cedo como de costume e logo acordou seu pai. O herói do dente. O sorriso de felicidade da Isa ao ver o dente de leite salvo foi recompensador. Limpamos o dentinho e ele está ali, guardado, para ser entregue para a fada do dente. Qual será o presente do terceiro dente?
Os irmãos, entre lágrimas e sorrisos, aprendendo juntos
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