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Aos professores de ontem, do hoje e do amanhã, minha gratidão

por Ivone Neto, em 15.10.19

Eu tenho muita gratidão aos professores. São personagens da minha memória coração. Os da faculdade, os do primário e colegial. Sim era assim que chamávamos as séries na “antiguidade”. Como diz meu Arthur quando eu falo dos tempos antigos, como ele denomina hoje, minha época escolar. Não tão longe assim, que fique claro. Para meus pequenos do século atual, eu, o pai e a Buda, a irmã mais velha, que nascemos no século passado, já somos da era de 1900 e alguma coisa existia. O humor é dessas coisas vivas que está no DNA da família. E também o gosto pela leitura e o incentivo pelo respeito aos professores. Pela ótica da Isa e Arthur vou conhecendo um pouco dos seus professores e de como são diferencias e seguem sendo tão especiais na vida dos alunos e de todos.

Profissão tão primorosa, quanta dedicação ao saber que se sabe infinito na trilha do aprendizado. Cada aula é uma nova oportunidade, cada ano letivo uma ou mais turmas que deixam saudades e marcas. Ontem à noite, minha Isa fez um cartaz tão bonito, imprimindo nas tintas das canetinhas coloridas tanta ternura. Hoje acordei lembrando dela falando da “pro” Luciana de história, não desse ano, de outro, mas que segue na sua lembrança, a “forma criativa” com que ela ensinava e ficava tão fácil de aprender. “Mãe ela faz da história uma mágica, sinto falta das aulas dela”. E olha que não é sua matéria favorita.

Arthur abraça com tanto carinho suas professoras que suaviza até suas travessuras o tanto de amor que ele exala nesse gesto. Sou muito grata até pela imensa paciência que elas têm com meu caçula levado. Ele que desde pequeno fica no integral tem muita história já com o ambiente escolar. Lembra das “pro” da Raio e seu olhar brilha afeto quando passamos em frente sua antiga escola. Das aulas de educação física, de música e das atividades da professora Suzana que tem uma dinâmica maravilhosa para ensinar. O M do pai e bebê ele não esquece e tantas outras nuances das aulas que auxiliam os alunos a assimilar o conteúdo.

O conteúdo é extremamente importante, no entanto, para além da técnica, o que marca é essa afetividade que inspira o aprendizado e a interação. É um laço profundo.  Aos meus professores minha eterna gratidão, aos dos meus filhos, muito obrigada. Que nosso país, tão cheio de desigualdades e preconceitos, possa despertar para a relevância do professor, valorizando esse agente potencial e que possam, ao invés de retroceder, fazer o contrário, investir em educação de qualidade. A educação transforma vidas.

Parabéns professores! Obrigada!

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Crédito imagem: homenagem do Google ao dia dos professores Brasil

publicado às 12:23

O teatro, os livros, o pássaro e a poesia

por Ivone Neto, em 07.10.19

Ontem foi a primeira vez do Arthur assistir uma peça de teatro infantil. E adorei que tenha sido na Biblioteca Mário de Andrade e inserida na programação de um festival sensacional. Biblioteca viva. Sobre a apresentação, Arthur ficou encantado com as músicas e os personagens. “Mãe os papelões dançando foi engraçado”. Sentamos na última fileira e logo ele foi procurar uma cadeira vazia e foi sentar perto do palco. E olha que prender a atenção do menino tão agitado é um feito. Dessas coisas da arte que segue inspirando meus passos.

Depois do teatro, o tico-tico do Arthur saiu para andar pelas ruas floridas de livros do Festival.  E foi a peça que inspirou o nome do seu pássaro de madeira, que não ficou em casa parado como enfeite, que saiu cedo de Cotia para passear na capital. E a felicidade dele em encontrar uma foto idêntica ao seu pássaro foi emocionante. Até ficou atento enquanto eu lia a poesia. Quando chegamos na tenda do Leia Mulheres, ele perguntou: “mãe aqui que você vem no encontro dos livros?” Eu expliquei que ali era um ponto dentro do festival e que o Leia Mulheres que participo acontece na biblioteca de Osasco. E, felizmente, esse clube de leitura também acontece em muitas outras cidades.

Claro que voltei com livros para presentear. Ele disse: “mãe você e seus livros”. Sim eu amo os livros. Retornamos pelas ruas do centro, circulando por onde já andei muito, em outros tempos. No metrô República, fomos no último vagão e o João mostrava efusivo para o Arthur o túnel. E os fantasmas povoaram a imaginação do tios e crianças. Descemos no metrô Paulista, chegamos a Consolação no prédio do elevador vermelho, fizemos um lanche no apartamento, os dois brincaram com a Banguela, gata preta, os brinquedos personagens e o videogame. E chegou a hora de retornar, a despedida que entristece o João, entramos no metrô, eu e Arthur, e meu irmão Henrique, o pai do João, o tio do Arthur, seguiu para Avenida Paulista.

No ônibus voltando, na rodovia que tem nome de bicho como lembrou Arthur, disse ele: “Mãe o tico-tico andou de ônibus, metrô e nas ruas, viu teatro, livros”. À noite, na hora da leitura, ele foi na prateleira e escolheu o livro do Homem-Aranha. “Mãe vamos ler esse livro que ganhei do tio Hique no meu aniversário”. Sim, faz uns 3 anos esse que chamo de presente vivo. Hoje, 6:30 da manhã, já no caminho da escola, ele falava do teatro, das asas do tico-tico, do rádio falante e das músicas. Sim, ele curtiu o balanço musical. E as memórias do domingo seguem vivas. Viva os livros que criam laços!

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Família no Festival Mario de Andrade, no domingo da cidade

 

publicado às 12:22


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