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Meu Blog Maternidade. Aqui vou registrando meu aprendizado do cotidiano de mãe. Minhas percepções, desafios, emoções, acontecimentos e sensações únicas da minha jornada maternal. Tenho duas filhas e um filho, três sementes, frutos, presentes AMOR
Essa blusa que ela está usando foi da Bruna. A Isa está crescendo e selecionou alguns itens de roupas da irmã que eu não deveria doar, para ela usar no futuro. O guarda roupa quase vazio, retrato de desapego. É que tenho também minhas agonias, e uma delas é ver coisas paradas, sem uso. A energia precisa circular. O presente que foi o futuro cogitado no passado está chegando mais rápido do que eu previa. Coisas de mãe, talvez, pensar nessa passagem do tempo assim, quando observamos essa transição. A Isa já tem espinhas. Algumas peças da Bruna já servem nela. Ah os minutos do relógio não param, ou, como preferimos contar, as fases lunares se sucedem. Estamos na Lua Crescente do Arthur. Sim cada um dos meus filhos tem sua Lua e meu marido diz que essa é uma das minhas loucuras. A Isa sente muita saudade da irmã que há mais de 3 anos mora longe. Muitas vezes pego ela olhando a foto delas juntas e vejo seus olhos lacrimejando. Sinal de ternura. A saudade também dói. Outras semelhanças engraçadas: A Isa conversa no banho, como a Bruna. Ela também brinca sozinha de professora com suas bonecas e fala que fala. E anda ficando “enjoada e demorada” para se arrumar e o pai diz: “Ai minha Santinha, tá parecendo a Buda”. E sei que ele fala isso também exalando saudade e carinho. Hoje é um daqueles dias que eu acordei com muitas saudades da Buda e de outros personagens que amo. A distância e a proximidade caminham juntas no meu coração.
Traços entrelaçados de amor das irmãs Terra & Água
Tenho muitas imagens tatuadas em minha alma. Sentada na rede, sentindo o vento que sopra, muitas afloram despertando sorrisos e lágrimas das saudades felizes que cultivo. Tenho algumas fotografias que registraram momentos marcantes com personagens e lugares que Amo. Uma delas é essa foto do Tio Bertim com meu caçula Arthur contando a história de sua arte em distintos sentidos.
Na minha viagem de 3 anos atrás, lá no terreiro da casa de tia Maria eu observava esses dois meninos conversando e corri para pegar a câmera e clicar. Criativo por natureza, tio Bertim encanta as crianças com sua fala sensorial, seu jeito simples e divertido. Que encantamento ter um tio assim.
Tenho algumas fotos antigas, daquelas que ficávamos aguardando ansiosos a revelação. Lembro do meu marido reclamando: “você gasta dinheiro que nem temos para comprar filme e revelar fotos”. E eu insistia em espremer essa grana curta para registrar esses momentos. Revendo essas fotografias bate uma saudade. Essas memórias afetuosas da infância da minha primogênita são tão valiosas. Retratos de Amor.
O pai e a filha há 20 anos atrás. Os dois bronzeados no verão de outros tempos.
Uma das melhores cenas do meu cotidiano é observar o carinho dos irmãos. Eles são muito afetuosos. Tão diferentes e tão próximos. Brincam e brigam. E dão muita risada juntos. Quando eles se abraçam exalam amor. Pense em um abraço apertado que afaga até a alma, deles é assim. É um dos retratos de amor que enternece meu coração. É sensação que deixa saudade. É marcante. É amor. É presente.
Quando olho as fotos deles pequenos bate sim uma saudade. Cada um nasceu em uma fase, cada gestação diferente e cada filho tem sido uma bênção na minha jornada aprendiz. Eles crescem, mas aquele cheiro de bebê fica cravado nas narinas. O sorriso, o sentar, engatinhar, andar, as gracinhas que tanto enternecem nossas vidas são memórias tão doces. Uma mãe é arrebatada por um amor tão intenso que não há medida, a não ser o infinito que se aproxime dessa intensidade atemporal. E cada dia ele tem a capacidade de evoluir.
A minha primogênita hoje tem 23 anos e suas asas nos pés a conduziram para longe e, no entanto, nossa proximidade é tão ímpar. Ela é enigmática por essência. Todas as noites ainda têm aquele cheiro e a oração, mesmo em telepatia.
Minha Isa, que parece nasceu ontem, acaba de completar 9 anos. E ainda canto a canção de ninar que criei para minha menina das águas, com sua elementar lua. Inteligente e especial por natureza, ela é o laço que conecta a tríade.
E para fechar, tem o menino Fogo de 5 anos, o nosso elemento surpresa cuja energia contagia toda família. Sua mágica alegria tem o dom de despertar sorrisos. O brilho do seu olhar reflete seu humor refinado com uma beleza tocante.
O amor por esse trio é base das minhas forças. E, mesmo naqueles dias em que o cansaço é extremo, em que a saudade aperta, em que a dor atormenta, eu agradeço entre risos e lágrimas, a dádiva de ser mãe de uma tríade tão sagrada. E que eu tenha o privilégio de seguir acompanhando os passos das minhas meninas e do meu menino.
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