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Sobre o mix de cobrança, estresse, escolhas, saúde e bem-estar

por Ivone Neto, em 13.10.21

Quem já passou por uma situação de forte estresse e percebeu alteração em sua saúde? Aposto que muitas pessoas. Dor de cabeça, nas costas, no estômago e outras queixas são algumas delas. Embora sejam sintomas similares, cada um sabe aquilo que sente e os sinais do corpo soam como alertas. O que posso afirmar é que, seja um acontecimento pontual ou uma sequência de situações estressantes que vão se acumulando, os danos à saúde afetam a qualidade de vida. Digo isso por experiência própria, pelo histórico da úlcera severa que já tive, pelas pedras nos rins somatizadas, pela taquicardia e etccccc.

Claro que alguns acontecimentos fogem da nossa alçada, é a forma como aprendemos a lidar com eles que fará diferença. Procurar auxílio para enfrentar esses momentos é fundamental. É tão cruel ouvir que sua dor é sinal de fraqueza e, infelizmente, é comum essa fala: “você precisa reagir, ser forte.”
Quem determinou que precisamos ser fortes o tempo todo?
Até quando vamos permitir que a pressão de tantas demandas nos sufoquem?
Até quando vamos seguir relevando aquilo que internamente nos incomoda?
Quando iremos ter a coragem de finalizar ciclos?
Quando teremos a coragem de implementar aquela mudança tão sonhada?

Essas questões e tantas outras pipocam no universo de muitas mulheres. As cobranças se agigantam por todos os lados. E precisamos estar atentas para não se deixar enjaular pelos padrões ditados de tantas formas pela sociedade. E olha que até a jaula pode ser padronizada, embora seja muito mais algoz a violência para algumas mulheres, pauta para tantos debates cotidianos.
 
Ouça você, soa a voz da brisa maresia em meus sonhos.  Escute seus sinais. Reservar um tempo para si não é pecado. E até a culpa para isso as vezes surge em roda de conversas. É impressionante a carga de cobranças em cima das mulheres.

Se trabalha fora sente-se culpada por não dedicar tanto tempo aos filhos

Se fica em casa com as crianças e se desdobra nas atividades do lar, ainda costuma escutar a frase: ”você tem tempo para fazer as coisas porque não trabalha.” Como não???

Se decidiu tirar um tempo para si e família também escuta: “vai ficar defasada do mercado e terá dificuldade de retornar.”

Se tem 1 filho escuta aquela frase carregada de maldição: “quem tem 1 não tem nenhum”. Gente eu já ouvi isso quando tinha apenas minha filha primogênita.

Se não tem filho por escolha própria vive sendo indagada: “quando vai ter filho? Já passou da hora, vai ficar velha para engravidar”

Cortar vínculos é libertador. Mais uma vez digo por experiência própria. Ter contato com a parte da família que presta porque a parte que não presta tem e em todas que conheço. E isso vale para outros relacionamentos também.

Gente é tanta cobrança e preconceito aparentes e outros nas entrelinhas. Ligar o Foda-se de vez em quando é necessário. Tanto quanto procurar ajuda para alinhar a energia dos chakras, corpo, mente e espírito. É um caminho e cada passo é relevante. É preciso acolher a si mesmo e respeitar seus limites. Estou nesta caminhada e tenho tido uma colaboração preciosa da AW7 Bem-estar. É por isso que indico confiante a profissional Alessandra Francini Weimer de Godoi. Aliás, deixo aqui o serviço com seu telefone (11) 98141-2146.

acolher.jpg
Ao querer abraçar o mundo devemos lembrar de nos abraçar também. 

publicado às 19:05


8 comentários

De Ana D. a 14.10.2021 às 09:53

É verdade! As mulheres querem sempre abraçar o mundo! Penso que é a nossa condição de mulheres que o determina, mas concordo em absoluto com a frase de fecho desta reflexão.
Obrigada pela partilha!

De Ivone Neto a 01.03.2022 às 19:04

muito obrigada por comentar. Tão bom partilhar as dores e aprendizados dessa desafiante jornada maternal

De Anónimo a 14.10.2021 às 10:35

"É preciso escolher a si mesmo" frase perfeita e tão difícil de colocar em prática até que que descobre-se o quanto faz bem.
Showwww amiga

De Ivone Neto a 01.03.2022 às 19:05

Boa tarde. Sim frase desafio contínuo

De Wanderer a 22.02.2022 às 05:56

Meu Deus, poderia ter sido eu a escrever este post. Não, não temos de ser fortes sempre e nem sequer temos de ser fortes!! Comigo é totalmente assim. No momento da crise reajo que nem uma leoa, mas depois o meu corpo parece começar a querer dar em doido. O pior é o sentimento de angústia que se instala, logo que tudo acalma. Parece que tenho alguém a apertar-me o pescoço desde manhã até à noite. Sinto dores no peito, ao ponto de ter dificuldade em respirar. Para quê continuar a fazer de conta que nada se passa quando é assim? Porquê não ouvir o corpo e parar por um tempo? Isso devia ser obrigatório!

De Ivone Neto a 01.03.2022 às 19:06

obrigada Wanderer pelo comentário. Temos que criar o hábito perene de nos ouvir, sentir, respirar e nos permitir pausas.

De Wanderer a 10.03.2022 às 22:44

Quem tem um não tem nenhum é frase de mulher. Coisas que as mulheres dizem às mulheres de más que são. Eu tive um com 40 anos e provavelmente, mesmo que queira, não vou ter mais nenhum, porque não devo poder. Quer dizer que não sou mãe, portanto? E isso que importa de verdade? Porque é que ser mãe ou não ser é assim tão importante? Para mim, ser mãe, é essencial, é muito importante, porque gosto de educação, sempre tive paixão por pedagogia e tenho o sonho de educar uma criança desde que nasce até que se torne adulta. Mas e tantas outras pessoas que apenas têm filhos porque toda a gente, supostamente, deveria ter, se não não é "normal"? Para mim, ser mãe é muito importante, mas não me define. Sou uma pessoa, um ser humano distinto do meu filho (embora às vezes não me apeteça, confesso, mas tento não me esquecer disto :) ). Pior que isso, ainda é a ideia de que por se ser mulher tem de se fazer tudo, mas eu gostaria de lembrar que, normalmente, são as próprias mulheres a fomentar esta ideia, congratulando-se das próprias proezas. Depois, dizem que a sociedade exige demais. Temos de ser fortes o tanas. Não temos mesmo, não temos de aguentar. Mulheres e não mulheres, toda a gente, quando se esgota, tem de parar. Aliás, toda a gente deve parar de tempos a tempos, para sequer se esgotar. Mas se estiver doente, tem de parar. Eu respondo incrivelmente mal a stress forte, do tipo que eu não posso controlar. Há situações stressantes que me estimulam, mas eu preciso sentir que as consigo controlar, como alguns desportos radicais ou como andar de mota - adrenalina boa. Mas o stress forte descontrolado provoca-me taquicardia, problemas de estômago, insónia, dificuldade em respirar, falta de ar, dor no peito, angústia, aperto na garganta, dores musculares generalizadas, cansaço constante, ataques de ansiedade e pânico, irritabilidade exacerbada... Temos de ser fortes e continuar? Somos fracas porque temos todos estes sinais de um corpo consciente de si próprio e que exige descanso e pausa? Porque será que o bom senso e a noção de "força" das pessoas normalmente são tão díspares? Basicamente, a minha pergunta é, essencialmente, onde anda o ser humano com a cabeça?

De Anónimo a 11.03.2022 às 14:26

Bom dia. Obrigada por comentar. Os desafios são muitos. E temos que aprender a respeitar nossos ciclos. O aprendizado é contínuo

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