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Meu Blog Maternidade. Aqui vou registrando meu aprendizado do cotidiano de mãe. Minhas percepções, desafios, emoções, acontecimentos e sensações únicas da minha jornada maternal. Tenho duas filhas e um filho, três sementes, frutos, presentes AMOR
A jornada maternal é múltipla e, ao mesmo, única para cada mãe. Há muitos dilemas na maternidade, alguns até semelhantes, e ainda assim cada mãe sente, sofre e sorri, do seu jeito. Tem muitas alegrias. E também muitas dores. Entre esses extremos vamos aprendendo. Se tem um adjetivo contínuo nessa caminhada, é esse: aprendiz. Todos os dias dá para filtrar algum tipo de aprendizado.
Quando falo que é dolorido isso pode refletir muitos acontecimentos, sentimentos e fases. Das coisas mais simples do cotidiano até as mais complicadas. Pensei aqui no cansaço. Quantas vezes chorei de cansaço no banho, depois de uma rotina brava? Trabalho, jantar, casa, lição e no relaxamento do banho desaguei em choro. Talvez um alívio da tensão. E nos dias frios que enfrentei hospital com a Isa com crise de asma. Quantas vezes cheguei na madrugada e depois tive que levantar cedo para ir trabalhar!
Esta semana mesmo, na madrugada de domingo, fui surpreendida com o Arthur. Logo ele de sono longo, que demora a acordar pela manhã, acordou no meio da noite com uma coceira que durou muito mais do que eu podia imaginar. Havia um caroço no local, passei pomada, dei antialérgico e nada de passar. Ele ficou inquieto, não conseguia dormir, quis ir para sala assistir tv, deu sede, fome e as horas avançavam. Mãe isso, mãe aquilo, e eu ali, entre cochilos e aconchegos. Nessa ficamos das 1:30 até às 4:30. A hora que já levanto de segunda a sexta. Eis que ele adormeceu. E eu segui para o café, mochilas e tive que acordá-lo às 6:00 para se arrumar para a escola. E trabalhei todo dia com um sono pesado e a produtividade em baixa.
Eu poderia ilustrar outras cenas, com três filhos, tenho um repertório bem diversificado. Há muitas cobranças para que as mães sejam “perfeitas” e dê conta de tudo. Tem que ser assim, assado. Isso é impossível! Eu digo que não existe fórmula, o cardápio é distinto e cada receita maternal será diferencial por natureza. É um processo transformador. E que sim, é dolorido. Não imagine que ser mãe é apenas um mar com céu azul. E também não fique preocupada com os trovões. Quando a tempestade surgir é que você aprenderá a atravessar.
E sem tem uma escolha que fiz ultimamente, que tem surtido um efeito positivo, foi definir um tempo só meu, para meu cuidado, estudo, sim voltei a estudar e participar de clube de leitura. Se estou bem comigo, isso se reflete em muitos aspectos, inclusive em uma melhor versão da Mãe que vou me tornando.Sou mãe e também avó. A geração que segue...
Eu tenho muita gratidão aos professores. São personagens da minha memória coração. Os da faculdade, os do primário e colegial. Sim era assim que chamávamos as séries na “antiguidade”. Como diz meu Arthur quando eu falo dos tempos antigos, como ele denomina hoje, minha época escolar. Não tão longe assim, que fique claro. Para meus pequenos do século atual, eu, o pai e a Buda, a irmã mais velha, que nascemos no século passado, já somos da era de 1900 e alguma coisa existia. O humor é dessas coisas vivas que está no DNA da família. E também o gosto pela leitura e o incentivo pelo respeito aos professores. Pela ótica da Isa e Arthur vou conhecendo um pouco dos seus professores e de como são diferencias e seguem sendo tão especiais na vida dos alunos e de todos.
Profissão tão primorosa, quanta dedicação ao saber que se sabe infinito na trilha do aprendizado. Cada aula é uma nova oportunidade, cada ano letivo uma ou mais turmas que deixam saudades e marcas. Ontem à noite, minha Isa fez um cartaz tão bonito, imprimindo nas tintas das canetinhas coloridas tanta ternura. Hoje acordei lembrando dela falando da “pro” Luciana de história, não desse ano, de outro, mas que segue na sua lembrança, a “forma criativa” com que ela ensinava e ficava tão fácil de aprender. “Mãe ela faz da história uma mágica, sinto falta das aulas dela”. E olha que não é sua matéria favorita.
Arthur abraça com tanto carinho suas professoras que suaviza até suas travessuras o tanto de amor que ele exala nesse gesto. Sou muito grata até pela imensa paciência que elas têm com meu caçula levado. Ele que desde pequeno fica no integral tem muita história já com o ambiente escolar. Lembra das “pro” da Raio e seu olhar brilha afeto quando passamos em frente sua antiga escola. Das aulas de educação física, de música e das atividades da professora Suzana que tem uma dinâmica maravilhosa para ensinar. O M do pai e bebê ele não esquece e tantas outras nuances das aulas que auxiliam os alunos a assimilar o conteúdo.
O conteúdo é extremamente importante, no entanto, para além da técnica, o que marca é essa afetividade que inspira o aprendizado e a interação. É um laço profundo. Aos meus professores minha eterna gratidão, aos dos meus filhos, muito obrigada. Que nosso país, tão cheio de desigualdades e preconceitos, possa despertar para a relevância do professor, valorizando esse agente potencial e que possam, ao invés de retroceder, fazer o contrário, investir em educação de qualidade. A educação transforma vidas.
Parabéns professores! Obrigada!
Crédito imagem: homenagem do Google ao dia dos professores Brasil
Mãe já estou com 1 metro e 41. Sim, ela está quase do meu tamanho. Pequena que sou, logo ela me passa. Já é pré-adolescente, como adora dizer. O pai diz que é bebê ainda e ela retruca: “Pai já tenho 11 anos e sou pré-adolescente”. E os dois começam a brincar. Sim, ao vê-la crescer nos assustamos também. É uma sensação estranha. Está ficando uma mocinha e já se preocupa se o cabelo está bagunçado e se a roupa está combinando. O pai emenda: “Ai minha Santinha, vamos logo Isa, está bom”. Eu intervenho: Calma! Deixa a Isa terminar de se arrumar, hoje é domingo, relaxa, que pressa boba.
Essa semana chegou via encomenda duas blusas e duas leggings que eu ousei comprar. De tanto ela reclamar cedo que não encontra nada para vestir. Resolvi arriscar e fazer uma surpresa. Ela está precisando. Praticamente 70% do que ela tinha no guarda-roupa foi doado no último mês, se considerarmos que temos pouca roupa, e isso vale pra todos de casa, é muita coisa. Sim o guarda-roupa está vazio. Só ficou o que ela realmente está usando e como ela deu essa esticada, preciso comprar o básico da semana. Suas leggings e blusas, confortáveis. Minha alegria foi imensa ao ver que ela apreciou: “Mãe você acertou dessa vez.” Da última vez ela doou as leggings que eu comprei porque não gostou. Chegou a hora de suas escolhas. E isso significa que precisaremos de doses extras de paciência, aceitação, descobertas, muitas risadas e tantas outras formas aprendizes.
Um beijo afetuoso ofertado com muita sensibilidade. Essa é minha Isa
Minha menina do meio com 10 anos, no início da transformação do corpo para adolescência, começando a usar sutiã e com a primeira espinha no rosto. Sim crescer dói e não podemos fugir das dores, temos de encará-las de frente.
Responder os questionamentos da Isa também dói quando observo seu olhar assustado. “mãe preciso mesmo crescer?” E eu respondi com firmeza: Sim, precisa Isa.
E emendei: Filha, sua sensibilidade é uma fortaleza e sua visão refinada te conduzirá a construir seu caminho. E você despertará a coragem para extrair o melhor de cada fase. Seu sorriso desabrocha e seu abraço afetuoso diz tanto.
Sim ela aprenderá a enxergar nas cruzes da estrada as lições valiosas e vai crescer com suas dores, no seu ritmo. E sei que seus passos aprendizes serão enredo de uma jornada de crescimento cheia de histórias.
Meu filho Arthur ingressou o 1º ano. 1ª série na minha época. É uma mudança significativa. Nova escola, professora, disciplinas, provas, ritmo. Diria que ele ainda está em fase de adaptação e entre boas surpresas, descobertas, novos amigos, dificuldades no comportamento, trabalho e etcs, ele vai seguindo.
Com ele é mais difícil fazer lição, não tem o capricho das meninas com os cadernos e livros, pede para faltar na aula, fica contando os dias pra chegar o fim de semana e vibra muito quando tem feriado. Diferente das meninas, não iniciou no 1º ano sabendo ler. Lá em casa procuramos respeitar o ritmo de cada um e não me preocupei com isso, sei que a leitura e escrita acontecem no tempo diferente para cada um, que são diferentes por natureza.
Ele estava muito receoso com as primeiras provas. Eu explicava que é uma avaliação e que vai apenas registrar uma parte do que ele aprendeu. Eu sou meio avessa as provas também. Acredito que esse sistema de avaliação é ruim. O resultado do que aprendemos vai muito além de uma avaliação. E eis que chegou a semana das provas. Fiquei surpresa com sua confiança no primeiro dia das 2 provas. Eu perguntei: filho como foi na prova? E um menino alegre respondeu: Mãe eu acho que tirei 10. O Pai olhou, incrédulo ainda. E nos 4 dias seguintes de provas ele também respondeu confiante sobre o resultado. E eis que na semana seguinte das provas, o boletim foi fantástico e ele, como num estalo, começou a ler. Quanta alegria!
Tudo bem que ele precisa melhorar muito no comportamento, principalmente, depois de ter ido para a sala da diretora por pegar uma minhoca na horta e jogar na colega. Ficou de castigo sim por isso. Diz meu marido que isso é coisa de menino. Começamos hoje mais uma semana e meu Arthur siga com seu espírito alegre e aprendiz nos contangiando. Esse laboratário maternal é uma jornada de muits emoções.
Ontem a noite depois que ele adormeceu eu novamente rezei nele e fiquei pensando nesse presente que a vida me concedeu. Peço a Deus muita saúde, força e alegria para acompanhar sua energia de menino e seguir aprendendo com suas surpresas. Te amo!
A Isa está na 1ª série. Fiquei preocupada com sua adaptação na nova escola, nova metodologia, ritmo, matérias, provas e etcs. Ufa, são muitas mudanças nessa fase e nossa Menina das águas está nos surpreendendo. No começo ela estava receosa e algumas vezes me disse: “mãe, como vou ler palavras em letra de mão, como vou escrever?”
Do melhor modo eu tentei tranquilizá-la e dizer que tudo é um processo e que ela iria aprender sim, no seu próprio tempo, do seu jeito. Apesar do olhar pensante, seu sorriso demonstrava que estava ficando confiante. Próximo das últimas provas do bimestre a Isa já estava empolgada dizendo: “mãe olha só o livro, já está chegado nas páginas das letras de mão”. E quanta alegria emanava de sua voz corrida quando eu a peguei na escola e exclamou: “mãe hoje a aula teve letra de mão e eu aprendi, não é tão difícil”.
E de lá pra cá, ela tem se aplicado em praticar. Lê seus livros, os letreiros da rua, vai costurando as sílabas e formando as palavras. Ah, esse universo aprendiz cheio de descobertas é encantador.
Às vezes fico olhando ela brincar e percebo como está crescendo rápido. Confesso que passa um calafrio em minha espinha e um nó na garganta em ver minha pequena tão crescente. É a jornada maternal ensinando que temos que aproveitar cada fase.
Elas crescem e me ensinam que os ciclos são perenes.
Minha Bruna que registra em seu Blog passagens do seu coração.
Minha Isa, criança que nos ilumina.
Meus tesouros sagrados. Minhas sementes e frutos.
Minha menina Terra
Ser mãe nos dá um sentido de grandeza diante do desafio que temos por toda a vida. Acompanhar os passos dos filhos é uma rica oportunidade de aprendizado. Tenho duas filhas com idades bem distintas. Uma com 16 anos e outra com 2 anos e meio. Minha Bruna escreve e me emociona com suas letras carregadas de intensidade. A Isa tem uma energia pulsante e seu sorriso enche nosso lar de felicidade.
A Bruna está numa fase de crescimento e sei que esse período será determinante para a sequência de sua jornada. Ela está “encontrando a pele de sua alma” e esse processo é, sem dúvida, muito precioso. Quanto mais ela estiver próxima de si terá clareza e desenvolverá sua capacidade de realizar seus sonhos. Tenho muito orgulho de suas percepções e do modo como ela expressa suas leituras. Sei que sentirei saudades de sua presença física quando ela estiver viajando pelo mundo. Por outro lado, tenho certeza de seu sucesso e de que ela encontrará seus tesouros pelos caminhos que percorrer.
A Isa diz que já é grande e ai de quem duvidar. “Sou gande”. Ela fala de uma forma tão decidida que me encanta. É uma sensação que emana uma presença firme e uma crença fiel. Que esse sentimento de grandeza evolua cada vez mais fortalecendo seu espírito questionador. Ela é uma criança que tem um olhar vibrante, cujo brilho, é tão especial que inunda minha alma de luz. É uma visão do coração e sei que nele há vida e amor em abundância.
A Isa saindo das fraldas. A Bruna navegando por seu universo. As duas revelando que o tempo é atemporal para o amor. Minhas filhas são estrelas na constelação de minha vida. Há um elo de grandeza entre nós.
Minhas filhas Bruna e Isabelly, meu elo sagrado de amor
Minha pequena tem dermatite atópica. As curvas dos joelhos e dos braços são as áreas mais atingidas e onde as lesões são mais fortes. Minha maior também tem só que hoje aos 16 anos a incidência é menor. A Isa ainda tem um longo caminho até amenizar. Evitar o suor e o ressecamento da pele é uma das ações cotidianas. Outro fator que contribui negativamente é o estresse. Sim, a criança também tem estresse e precisamos ficar atentos porque nosso estresse também influencia negativamente o ambiente e afeta a criança. Conhecer as causas e efeitos da dermatite e de tantas outras doenças nos coloca em alerta e evidencia a necessidade de toda família participar do tratamento.
Em agosto a Isabelly começou a freqüentar a escolinha e tivemos outras mudanças no roteiro da casa/trabalho/escola. Esse período de adaptações foi difícil e a dermatite atacou em cheio junto com uma tosse alérgica. Utilizei as pomadas, a paciência, os cuidados redobrados. O alívio maior veio com a acupuntura. As crianças respondem rapidamente ao tratamento e ela até curtiu “os brincos” na orelha. Contar com uma profissional competente como a Rosana Lima amplia minha confiança para aprender a conviver com a dermatite.
Acessei o site da AADA e lá encontrei também informações importantes sobre a Dermatite. A soma das informações e orientações da dermatologista, pediatra e acupunturista colaboram para lidar melhor com a dermatite.
Fica a dica do site http://www.aada.org.br/ e a indicação do telefone para agendar consulta com a Terapeuta Rosana Lima: (11) 3682-5614 / 3699-7284 no Esppaço Alpha
A Isabelly completou 2 anos em julho e comemoramos com muita alegria na companhia da família e amigos. Julho foi um mês decisivo e vitorioso em muitos aspectos. Fiz sua matricula na escola e ela iniciou esta semana. Está no processo de adaptação com todas as lágrimas que isso significa. Foi uma semana difícil, mas sei que nessa fase é preciso que sejamos fortes para suportar esse período.
Ela está conhecendo outro ambiente, um novo lugar, novas pessoas, outras crianças. Sua rotina foi alterada e seu dia está ganhando um novo ritmo. É um processo novo e sei que o aprendizado será contínuo por toda sua vida. As crianças buscam alternativas para conseguir o que querem e são mesmo inteligentes esses pequenos. Na hora de ir para a escola ela inventa até de dormir e olha que para colocar ela na cama é complicado. Mas, com o pai contrariado, eu sigo em frente porque sei da importância da persistência nesse ciclo inicial. É tudo uma questão de tempo para que ela se familiarize com a escola. Logo mais irá chorar para ir e não o contrário.
O melhor de tudo é ter confiança na equipe envolvida nessa tarefa. O pessoal da escola nos informa como está o andamento e esse diálogo é fundamental. A Isabelly está indo meio período pela manhã. Aproveito o pique que ela acorda cedo para já iniciar o dia com muita energia. Nesta primeira semana que todos os dias a deixei chorando na escola, pensei em uma ave da floresta do Araripe que fica no sertão do Pernambuco e Ceará, que depois de alimentar os filhotes por certo tempo os expulsa do ninho para que elas aprendam a buscar seu alimento e a trilhar seus próprios vôos. Por mais que dê aquele nó na garganta, precisamos ter a coragem para encorajá-los a alçar seus vôos.
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