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Diferentes Mães

por Ivone Neto, em 18.05.23

#tbt dessa mãe que não existe mais. A Mãe da Bruna, não é a mesma da Isabelly, nem a do Arthur. A mãe dessa foto estava aflita e feliz ao mesmo tempo. A mãe dessa foto tinha 19 anos e carregava em seu colo a menina bebê mais linda de que se tem notícia. Essa mãe morava em 2 cômodos e estava de licença maternidade do seu trabalho de recepcionista e ganhava o salário mínimo. A criança usava roupas doadas de outros bebês que também foram doadas para outro. Sim, não houve dinheiro para enxoval e nem teve chá de bebê.

A mãe dessa foto tem muitas cicatrizes e um caminho todo pela frente para seguir aprendendo com cada estação. A maternidade é também árdua e me ensina que o Amor é uma fortaleza cotidiana que vamos exercitando em diferentes retratos.

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Quantas Mães numa única Mãe! E a bebê hoje já é mãe também.

publicado às 18:15

É dolorido ser mãe

por Ivone Neto, em 03.03.20

A jornada maternal é múltipla e, ao mesmo, única para cada mãe. Há muitos dilemas na maternidade, alguns até semelhantes, e ainda assim cada mãe sente, sofre e sorri, do seu jeito. Tem muitas alegrias. E também muitas dores. Entre esses extremos vamos aprendendo. Se tem um adjetivo contínuo nessa caminhada, é esse: aprendiz. Todos os dias dá para filtrar algum tipo de aprendizado.

Quando falo que é dolorido isso pode refletir muitos acontecimentos, sentimentos e fases. Das coisas mais simples do cotidiano até as mais complicadas. Pensei aqui no cansaço. Quantas vezes chorei de cansaço no banho, depois de uma rotina brava? Trabalho, jantar, casa, lição e no relaxamento do banho desaguei em choro. Talvez um alívio da tensão. E nos dias frios que enfrentei hospital com a Isa com crise de asma. Quantas vezes cheguei na madrugada e depois tive que levantar cedo para ir trabalhar!

Esta semana mesmo, na madrugada de domingo, fui surpreendida com o Arthur. Logo ele de sono longo, que demora a acordar pela manhã, acordou no meio da noite com uma coceira que durou muito mais do que eu podia imaginar. Havia um caroço no local, passei pomada, dei antialérgico e nada de passar. Ele ficou inquieto, não conseguia dormir, quis ir para sala assistir tv, deu sede, fome e as horas avançavam. Mãe isso, mãe aquilo, e eu ali, entre cochilos e aconchegos. Nessa ficamos das 1:30 até às 4:30. A hora que já levanto de segunda a sexta. Eis que ele adormeceu. E eu segui para o café, mochilas e tive que acordá-lo às 6:00 para se arrumar para a escola. E trabalhei todo dia com um sono pesado e a produtividade em baixa.

Eu poderia ilustrar outras cenas, com três filhos, tenho um repertório bem diversificado. Há muitas cobranças para que as mães sejam “perfeitas” e dê conta de tudo. Tem que ser assim, assado. Isso é impossível! Eu digo que não existe fórmula, o cardápio é distinto e cada receita maternal será diferencial por natureza. É um processo transformador. E que sim, é dolorido. Não imagine que ser mãe é apenas um mar com céu azul. E também não fique preocupada com os trovões. Quando a tempestade surgir é que você aprenderá a atravessar.

E sem tem uma escolha que fiz ultimamente, que tem surtido um efeito positivo, foi definir um tempo só meu, para meu cuidado, estudo, sim voltei a estudar e participar de clube de leitura. Se estou bem comigo, isso se reflete em muitos aspectos, inclusive em uma melhor versão da Mãe que vou me tornando.
84565079_10222332828896615_8121635993976569856_n.jSou mãe e também avó. A geração que segue...

publicado às 17:58

Presença de vó

por Ivone Neto, em 24.03.16

Quarta-feira. Ela acordou às 5:00. Antes das 6:00 já estava em seu trabalho, sempre desempenhando suas funções imprimindo seu melhor. Nunca ouvi minha mãe reclamar do trabalho. Saiu às 14:00, passou rápido em casa e seguiu para outra cidade para buscar o neto. Dois ônibus, mais de 2 horas para chegar ao destino. Chegou ao ponto final e não o encontrou. Eu tentei comunicação com alguém da família sem sucesso. Ela foi perguntando aqui e ali para ver se conseguia localizar a casa, chegou à creche e já estava fechada. Novamente indagou a alguém na rua sobre o possível local, só sabia o bairro, não tem nome de rua. Rodou por mais algumas ruas e chegou a uma igreja. Já cansada, me ligando para ver se eu tinha conseguido algum contato. Nada. Ela não queria voltar para trás sem o neto. Passou uma senhora e ela perguntou novamente e eis que era uma vizinha da outra avó. Sim, acredito em mensageiros divinos. Deus nunca desampara quem tem fé. E ela conseguiu chegar. O Gu já estava melhor (ele estava vomitando por isso não conseguiu ir encontra-la no ponto final do ônibus). Já era 18:30 quando eles enfim, foram para o ponto de ônibus para voltar para Osasco. Chovia e sei que ela estava exausta. Chegaram em casa perto das 21:00. E sei que minha mãe dormiu como anjo.

Tenho uma mãe sensacional, como diz meu irmão Paulo. Aprecio esse adjetivo “sensacional”. Talvez seja porque, além de tocante, tudo que é ilimitado tem conexão com o que eu sinto como sensacional. É, penso que sentir seja a palavra certa para dizer o que significa. É aquilo que não tem explicação logica, é puro sentimento.

Minha mãe é grandiosa em revelar nas suas ações retratos do mais puro AMOR. Oração em forma de atitudes. Ter heróis vivos em nossa trajetória é mesmo inspirador. Minha mãe é uma heroína.

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publicado às 10:57


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