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Meu Blog Maternidade. Aqui vou registrando meu aprendizado do cotidiano de mãe. Minhas percepções, desafios, emoções, acontecimentos e sensações únicas da minha jornada maternal. Tenho duas filhas e um filho, três sementes, frutos, presentes AMOR
Arthur adora deitar no chão para brincar. O jeito que ele deita lembra muito meu pai. E também meu avô padrinho. E diz meu marido, que também lembra muito seu pai, o avô Raimundo que chamava o Arthur de “menino do vô”. É sublime presenciar essa riqueza dos traços que herdamos presente em nossos filhos.
Meu caçula tem uma memória afetiva preciosa. Esses dias mostrei a foto do meu pai, seu avô João, que eu tinha recebido do meu irmão que foi visitá-lo no Dia dos Pais. Arthur disse sorrindo ao ver a imagem: “saudade do vô. Mãe o “Radi” ainda mora na casa do vô? Que dia vamos lá?” O Radi, que não sei se escreve assim é o carocho vira-lata que ele viu há 3 anos. E respondi que vamos programar viajar para ver o vô João. Ando com saudades do sertão. O retrato de pai, seu avô, e a conversa, aflorou as lembranças do meu menino. No Uber, ao meu lado, ele olhou o céu e emendou: “Mãe e o Vô Raimundo? Sinto falta do cheiro esfarelado dele. Será que hoje a noite eu vou ver a estrela do vô no céu?” E começou a chorar. Eu o ajeitei em meu abraço e quando descemos do carro ele ficou olhando o céu nublado. Eu disse: Filho, a estrela está lá, só que encoberta pelas nuvens. Amanhã o tempo melhora e vamos observar a estrela brilhando pra você. Ele sorriu e disse. O céu está triste hoje.
Entramos em casa. Depois do seu banho eu ajudei a colocar o pijama, rezei, como de costume, nossa oração e ele logo adormeceu. Hoje tem Lua Cheia no céu e espero que o céu de inverno nos presentei com estrelas cintilantes para ele indicar qual é seu avô.
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