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A chegada do bebê

por Ivone Neto, em 05.01.25

Tenho recebido várias perguntas durante esse período da minha viagem missão e aos poucos vou tentando responder no meu Instagram. Uma delas tem a pauta maternal e resolvi também publicar nesse Blog já que o vídeo curto é só um ensaio diante da grandeza do tema. A questão: como é ajudar sua filha a cuidar de um bebê depois de tanto tempo? Sim o tempo aqui também está relacionado com a idade minha e dos meus filhos já que meu caçula completará em breve 13 anos. Sou avó agora da tríade da minha primogênita. Sim, nossa sintonia também é elementar. Então muitas marés já naveguei nesse caminhar maternal. Para começar, cada bebê é um novo recomeço e é impressionante como algumas coisas ficam gravadas e outras esquecemos.

A experiência de acompanhar a chegada da Alise está aflorando tantas memórias da maternidade e a oportunidade de refletir ainda mais sobre como é árduo e incrível ser Mãe. Cheguei na fase final da gestação da Bruna e Alise nasceu na mesma semana, 13/12/24. Lembro do medo que ela citou quando ouviu da médica que o parto já deveria acontecer no dia seguinte. Eu também, mesmo depois de ter passado por dois partos também tive medo quando foi o terceiro. Vamos crescendo, com erros e acertos, com cada fase nossa e dos filhos. A mãe da Peaches não é a mesma do Damian nem da Alise, assim como eu não sou a mesma mãe da Bruna, Isa e Arthur. E talvez por ter sempre um novo ciclo esquecemos de muitos detalhes dos anteriores.

Então vou descrever algumas observações dessas semanas intensas por aqui.

1 - como é difícil amamentar nos primeiros dias. Até pegar o jeito e o ritmo. No meu caso, Bruna e Isa foi mais leve e ligeiro. Arthur nasceu muito pequeno e a dificuldade foi maior. Sem contar que ele nasceu antes e meu leite demorou a vir o que me deixou apavorada. Hoje ele é o maior e foi o que mais mamou. O bico de silicone tem ajudado muito com Alise. A amamentação é importante demais e haja resiliência para atravessar os primeiros dias quando o peito está machucado.

2- como conseguimos dormir tão pouco quando passamos a noite amamentando? Como acordamos ao menor sinal do bebê? Que sintonia sagrada!

3- a paz de segurar o bebê no colo, observar o sono doce, o olhar e o cheiro do bebê, inesquecíveis. Coisa do sentir que enternece o coração.

4- Recordei do som do Sss, a forma de segurar perto do coração, o balanço no colo, sons e movimentos que ajudam acalmar o bebê por lembrar do ventre.

5- o banho relaxa o bebê e escolher um horário ajuda a definir um momento na rotina. A temperatura morna e o brincar na água é acolhedor.

6- como as crianças da casa reagem com a chegada do bebê? É uma adaptação gradativa e exige muita paciência. A atenção partilhada é um desafio porque o bebê tem emergências como amamentar que não dá para adiar. Tentar inseri-los em ações como pegar fralda, roupa ou outros acessórios vai ajudando.

7- eu me lembrei de como as mães aprendem a fazer as tarefas com 1 único braço enquanto o outro segura a bebê. Outra coisa que resgatei na memória, é utilizar a perna para balançar o carrinho enquanto preparava refeição ou outra atividade.

8- Como o momento do nosso banho é relaxante também! Um bálsamo, ainda que seja rápido e com a porta aberta do banheiro. Fiz tanto isso. Lembrei de uma cena da Isa, num dia que ela brincava sozinha tão concentrada e fui tomar banho e fechei a porta e me demorei porque lavei o cabelo. Quando sai ela estava deitada e dormindo no tapete da porta me esperando. Fiquei imaginando que ela dormiu chorando e fiquei desolada. Senti culpa, quem nunca?

9- não sei se aconteceu com vocês, mas o colo é angelical e o berço parece que tem espinhos algumas vezes. A bebê dorme serena no colo, até sorri sonhando com anjos, coloca no berço devagarinho e em segundos vem o choro.

10- crianças na escola, bebê dormindo, você com sono e cansada e um bocado de tarefas te chamando. Comida, roupa, louça e os tantos etcs do cuidado da casa. Dormir ou tentar adiantar alguma coisa? Quando se está sozinha, sem rede de apoio, a escolha é sempre a segunda alternativa. E que a força do além ampare minha filha Bruna porque logo voltarei ao Brasil.

É o AMOR por eles que move os seus passos e eu tenho um orgulho enorme em vê-la navegando nesse oceano desafiante. Como diz em Coríntios 13:13: Estas três coisas continuam para sempre: fé, esperança e amor. E o maior delas é o amor."

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Alise, 13/12/24. Que Santa Luzia te proteja. Amém

publicado às 02:07

Os netos no sertão

por Ivone Neto, em 26.06.24

Eles do Norte, carregam no DNA o afeto do Sul. Peaches e Damian, meus netos americanos, conheceram sua tataravó em maio deste ano e foi histórico. Eu, a primeira neta de Vozinha com 49, nossa Senhora avó com 99 anos. Sua bisneta Bruna com 30, Peaches 5 e Damian 3. Encontro de gerações. Vivenciamos aquilo que tenho a honra de testemunhar: Sim, o Sertão é o Mundo. E ele habita em sua gente. Onde quer que nossos passos caminhem, nossas raízes seguem palpitando no espírito.

Admirável a interação deles com o universo do sertão. Damian e Peaches cavalgaram, correram atrás das galinhas no terreiro, andaram pelas veredas até o açude, brincaram na rede do alpendre, comeram bem as delícias do fogão a lenha, observaram o céu mais lindo do planeta salpicado de estrelas próximas, partilharam afeto com os primos, tios e tias. Encantaram todos com os abraços carinhosos e “a fala diferente.” Aprenderam o Oxe, Eita e levaram na bagagem tanto amor.

Foram os melhores dias dos últimos tempos. Eles estão tatuados na nossa saudade e na força das recordações e na reza de vozinha que segue nos abençoando. Sou muito grata por pertencer aos Netos, por toda simplicidade, alegria, generosidade e gratidão com que somos recebidos cada vez que cruzamos a porteira do sítio. É um bálsamo sentir-se em casa. Peaches e Damian, ainda que pequenos, foram tocados por essa imensidão de amor.

As fotos registraram algumas cenas. Retratos preciosos de uma viagem inesquecível. As orações de vozinha atravessam fronteiras e nos enlaçam, fecho os olhos e as sinto tocando minha alma na leveza da brisa matinal. As minhas rezas cruzam o Atlântico e estão por lá nas borboletas e janelas que descortinam o verde do jardim e quintal.
Somos estradas de saudades. Somos laços que multiplicam afetos.20240514_155208.jpgAté outro dia Sertão. Voltaremos com a graça de Deus!

publicado às 13:59

A década da Isa

por Ivone Neto, em 17.07.18

Essa semana atendi um cliente que me conhece desde que eu estava grávida da Isa. E ela acaba de completar 10 anos. Ficamos conversando sobre quanta vida acontece no intervalo de uma década. E como é gratificante observar essa passagem através do crescimento da criança. É uma jornada maternal aprendiz com distintos desafios nas mais diversas fases. Começa na gestação e vai até o nosso último suspiro.

Amamentar, desmamar, sentar, andar, falar, correr, ler, o primeiro passeio com a escola, a primeira noite dormindo na casa da amiga e tantos outros momentos que eu ficaria horas descrevendo. A década da minha Isa foi espetacular. Tenho muito orgulho em te ver mais forte e saudável. Reconhecer e respeitar sua fragilidade em alguns sentidos fazendo dela um desafio. Assim seguimos vencendo as adversidades do caminho que nos fortalece.

 

Presenciar você vencendo seus medos e despertando sua coragem para atividades diferentes, parabenizar por sua dedicação aos estudos, a forma como aprendemos juntas a praticar o desapego e filtrar o que é importante, o seu jeito ímpar com que você cultiva amizade, a sinceridade como demonstra suas emoções. Filha, sua ternura e sensibilidade são presentes em nossas vidas. Sua chegada foi o marco de uma transformação e eu sou muito grata por ser tua mãe!

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publicado às 15:35

amor de mãe, amor de filha

por Ivone Neto, em 03.08.09

Semana passada fiquei doente. Difícil a sensação de ter que ficar longe de casa. Dá medo e um certo vazio. Só que Deus é tão maravilhoso que nos permite recuperar e renovar nossas energias para voltar as atividades normais. Foi só um susto, desses que todos estão propensos a passar.

Tenho duas filhas amadas. Sempre digo que são saudáveis, belas e felizes. Uma tem 15, outra 1 ano. Diferença de idade, igualdade no amor. São meus frutos, meus tesouros, meu tudo. Minha Bruna escreve e me sempre me emociona com suas letras. Ela é assim fascinante e me surpreende com sua intensidade.

Quando cheguei do hospital ela tinha escrito:

"Aprenda a valoriza quem mais nos ama, aquela pessoa que NUNCA vai te deixar, que fez TUDO por você. Mãe a senhora é uma RAINHA, mais do que uma rainha, a senhora é um anjo. Mano, ninguém tem a mãe que eu tenho, que brinca comigo, que grita junto cmg, que fala dos gatos junto cmg, que me diverti, que me acha MARAVILHOSA. E é impossível descrever nisso como eu te amo. O meu coração é feito de pedaços e todos são preenchidos com o seu amor. A senhora é o motivo de eu estar aqui, todos os dias. Apenas por você MÃE. Eu iria até o inferno só pra colocar um sorriso no rosto, e eu sei que nada que eu faça na minha vida inteira vai poder mostrar como eu so grata por você ser essa mãe ÚNICA que você é, sem dúvidas a melhor do mundo! Minha amiga, minha estrela guia, minha luz de todos os dias,a minha alma é SUA. É por você que eu respiro minha dádiva ♥"

Como diz minha filha: "amor é só de mãe"
Completando: amor de filha também é único.

publicado às 19:38

A primeira febre

por Ivone Neto, em 17.07.09

 

Minha amada Isa já completou 1 ano. Domingo passado foi seu batismo. Na segunda-feira, ainda na madrugada, foi também sua primeira febre. Suas bochechas estavam rosadas, seu corpo fervendo, seu choro de dor. O primeiro susto!

Febre, dor de garganta, assadura, dor, choro, falta de apetite, tudo ao mesmo tempo. Como é difícil para uma mãe ver o filho chorando. Todos os procedimentos tomados, remédios e etc. Santas receitas da vovó.

E que felicidade vê-la novamente correr pela casa e sorrir. Está sarando. Seu olhar já está mais brilhante, seu sorriso amplo, sua alegria com os brinquedos e sua energia contagiante indicam que a luz do seu Sol está radiante para a vida.

E termino a semana agradecendo a bênção da saúde.
Iluminada Isa cercada de amor e cuidados. Amém!

publicado às 15:42


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