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Crianças de férias, mães trabalhando

por Ivone Neto, em 07.01.23

Um roteiro conhecido de muitas mães e pais que tem que se contorcer de muitas formas para atravessar essa fase. Nosso ano letivo tem duas férias anuais e nem sempre as dos pais coincidem com esses períodos. Não é fácil contornar essa ausência e nem sempre temos condições de programar passeios ou viagens. É um privilégio poder tirar uns dias de folga enquanto eles estão de férias escolares.

Eu digo isso aos meus porque conheço muitos pais que sequer tem recursos financeiros para uma ida ao teatro, cinema ou até um parque. Uma viagem de férias é um sonho nem sempre possível de realizar. Para uma parcela significativa da população falta até o básico. Muitas mães que dependem de creches e escolas tem que recorrer a parentes e amigos nas férias para driblar as dificuldades.

No meu caso, ainda passo sufoco nas férias escolares, mesmo hoje tendo como programar melhor minhas pausas. Eu já ouvi dos meus: “mãe porque você não é professora para tirar férias junto comigo?” É uma equação complicada para os pais que tem que se dividir e tentar alguma programação diferenciada, nem que seja na cidade onde moramos.

Para quem pode viajar tudo fica mais caro nessa chamada alta temporada.  Amarrar as férias apenas para julho e janeiro é um padrão que encarece e sufoca. Ano passado eu viajei em abril e o valor ficou muito mais acessível do que se eu tivesse ido em julho. Como a viagem foi programada com muita antecedência tive como negociar com a escola a reposição dos trabalhos. Na chamada baixa temporada as rodoviárias, aeroportos e outros lugares não ficam lotados como na alta, além de outros benefícios.

Aqui em São Paulo temos muitos atrativos e nem sempre conseguimos aproveitar. Uma boa dica são as atividades das unidades do Sesc que oferecem atrações esportivas, de lazer e culturais. Sempre tem uma programação especial de férias. Programas como o Recreio nas Férias, que acontece em Osasco, e que dá oportunidade para muitas crianças realizarem atividades de lazer nesse período, são excelentes iniciativas.

O clima das férias nem sempre é ensolarado. Em pleno janeiro chuvoso e até frio nesses dias aqui em São Paulo, um dos meus filhos, o caçula de 10 anos, está passando férias no sertão de Pernambuco, no sítio de sua bisavó, na companhia dos meus tios e primos. Além de ser uma experiência enriquecedora por tudo que ele está vivendo lá, é uma estratégia que me deixa segura em saber que ele está se divertindo na presença de pessoas que estimamos muito. É a primeira vez que ele viaja sozinho para tão longe. Ciente de que a saudade também ensina já estou pensando na programação das próximas férias.

Com esforço vamos tentando por aqui construir memórias afetivas das férias. Oxalá mais famílias consigam viver experiências valiosas nessa e em outras fases da vida. Todas as etapas maternais têm elementos árduos e aprendizes. Ser Mãe é um exercício dolorido e incrível.

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o Menino no sertão

publicado às 23:06

Sobre semelhanças, diferenças, desafios e partilhas maternais

por Ivone Neto, em 12.03.22

Já escrevi aqui sobre os desafios da maternidade com base nas minhas experiências. E observo também a caminhada de outras mães. Há muitas similaridades e também muitas diferenças, pontuando que cada uma de nós vai tecendo sua história de modo único. Quando falo em semelhanças é diferente de comparação. Aliás, tenho horror às comparações carregadas de rótulos e julgamentos. Quando rotulamos restringimos a visão, quando respeitamos e nos abrimos para novas percepções somos capazes de avançar na compreensão do outro, com mais empatia e amor.

Situações semelhantes como, por exemplo, o primeiro dia do filho na creche, os primeiros dentes, a primeira formatura, as espinhas, as primeiras paqueras, passeios com amigos...Sentimentos semelhantes como culpa, medo, dúvidas, alegrias, admiração...são semelhantes sim, no entanto, nosso sentir e ação diante deles são diferenciais. O modo como eu sinto ou reajo pode ser o oposto ao de outra mãe em um mesmo acontecimento. E não quer dizer que estou certa e ela errada. Somos humanas distintas. E todas nós vamos errando, ensinando e aprendendo, num ciclo contínuo.

Sou mãe de três e em cada fase fui amadurecendo. Fui mãe cedo, aos 19 anos. Quando a Isa nasceu eu tinha 33 e o Arthur eu já tinha 37 anos. São ciclos com transformações permanentes. A mãe da Bruna não foi a mesma da Isa nem é a do Arthur e eu sou a Mãe da tríade nessa metamorfose de mudanças. Ainda hoje quando me perguntam algumas coisas sobre cólicas e outras assuntos corriqueiros eu não sei responder. Gente tem coisas que parecem foram apagadas da minha memória. Algumas estão bem vivas como o cheiro deles, a canção de ninar dos três, o jeito de mamar. Agora se me perguntarem qual remédio para cólica ou o que fazer quando está nascendo os dentes, não vou saber responder, vou recorrer a minha farmacêutica de confiança. Quando é sobre outras pautas e o que não faltam são assuntos para as mães, eu partilho minha vivência, enfatizando que não quer dizer que é o certo e que cada uma vai aprendendo no dia a dia.

Trocar experiências com outras Mães é enriquecedor. Esses dias falando sobre o cansaço de trabalhar, amamentar a noite e os demais etcs do nosso cotidiano, eu relatei que quando o meu caçula tinha 9 meses, um dia eu estava tão exausta que estava lavando a louça do jantar e as lágrimas escorria quentes em meu rosto e meu marido assustado perguntou o que estava acontecendo: “estou cansada. Chorando de cansaço.” Esse diálogo sobre o cansaço despertou outras memórias, como o processo de desmamar o Arthur. Na sequência da crise de pranto eu tive dois desmaios em uma mesma semana e vi que estava na hora de mudar, de desmamar para ter uma noite de sono reparadora. E foi o que fiz.

É preciso aceitar o seu cansaço, ouvir seu corpo, isso de ser a Mulher Maravilha que consegue dar conta de tudo é um padrão que querem nos impor. Agora estou numa outra fase, meu caçula logo completará 10 anos, meus cabelos brancos pipocam, os sinais da menopausa já acenam, preciso priorizar a saúde, os cuidados com minha qualidade de vida. Minha sensível Isa já é uma adolescente, minha primogênita já é mãe da Peaches e Damian. Sim, eu sou Avó e a nova estação já está repleta de desafios que exigem novas mudanças. Nessa caminhada sigo dialogando com as mães e agradecendo as nossas semelhanças e diferenciais nessa pluralidade que é Ser Mãe.

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meu caçula menino Arthur, energia do afeto

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minha primogênita Bruna, a enigmática Mãe dos meus netos Peaches e DamianIMG-20220206-WA0012.jpg

Minha Menina Isa, o elo sensível

publicado às 15:23

dor, personagens e amor no roteiro do tratamento

por Ivone Neto, em 01.03.22

O tratamento do neuroma no pé da Isabelly está em curso. Nessa trajetória muitas andanças e personagens. Tudo começou em agosto/2021 com uma dor e um pouco de inchaço no pé direito. Foi nesse mês a primeira ida ao Pronto Socorro, passamos no ortopedista, ele examinou o pé, não viu nenhum indício de fratura e passou antibiótico por 7 dias, já que segundo ele parecia mais uma infecção.

O tempo correu e em setembro o mesmo pé voltou a doer a ponto de ela ter dificuldade para colocar o pé no chão. De novo fomos ao hospital, fizeram raio-x e nada de fratura. Informei ao médico de que ela havia ido há cerca de 1 mês atrás com o mesmo sintoma e que já tinha tomado antibiótico por 7 dias, ele acrescentou exame de sangue e disse que novamente parecia uma infecção que poderia não ter sarado com o primeiro remédio e saímos de lá com mais uma receita com antibiótico para 10 dias e ela foi medicada no prazo indicado.

Outubro chegou e não deu 20 dias do término do antibiótico e novamente o pé voltou a doer e ficou roxo. A Isabelly chegou da escola e me ligou falando que não estava conseguindo andar com a dor no pé. Eu liguei no telefone de marcação de consultas do convênio e pedi para a atendente conseguir uma consulta com o ortopedista naquele dia, em qualquer unidade, na capital, em Osasco, Carapicuíba, Cotia ou Barueri. Expliquei que era o terceiro mês consecutivo que ela apresentava o mesmo sintoma e que eu não iria mais ao Pronto Socorro. Eu conseguiu um encaixe às 18:40 em Carapicuíba. Chegando lá expliquei ao médico o que estava acontecendo e depois de examinar o pé da Isabelly ele disse que o melhor seria fazer uma ressonância para identificar o que estava causando a dor. Saí de lá agradecida pelo encaminhamento correto.

Ressonância realizada dia 29/10/21, consulta em novembro já com o resultado do exame que nos mostrou tratar-se de um neuroma no pé direito. Encaminhamento para avaliação cirúrgica. Início de dezembro e chegar ao Tatuapé em um dia de caos no trânsito de São Paulo não foi fácil. Uber, trem e metrô lotados e mais alguns passos chegamos ofegantes ao local da consulta. Atendimento do Dr. Lucas e mais um encaminhamento para um tratamento com Fisiatra, eletroterapia e fisioterapia, uma alternativa para tentar evitar a cirurgia. No retorno para casa pausa para o pão na chapa, tradição paulista que amamos.

Estamos nesse processo até agora, 1 vez por mês no Fisiatra e 1 vez por semana na eletroterapia e fisioterapia. Tivemos uma pausa entre final de janeiro e meados de fevereiro no tratamento em função do aumento de casos de Covid. Em 18/02 retornamos e seguimos na jornada. Nesse roteiro, Santo Amaro e Santa Cecília, Uber, trem, táxi, metrô, livrarias, médicos, fisioterapeutas, atendentes, porteiros, ruas, igreja, prédios, janelas e descobertas pela capital. No meio desse caminho, consultas, exames e a cirurgia do olho da Isabelly, os vestidos no camelô na calçada da Santa Casa, os cafés nas padarias e a descoberta de que ver vai além de enxergar por conta do entrelaçamento de outra história.

Seguimos no processo, faltam duas sessões na Santa Cecília e no dia 23/03 teremos reavaliação do médico no Tatuapé. Nesses meses tenho observado com admiração a força da minha filha Isabelly, sua sensibilidade, seu sorriso aflorar mesmo diante da dor e do cansaço. A Mãe aqui segura na mão da Isa e seguimos juntas para vencer esse desafio. A agenda de março já está programada.

Que a Trindade Sagrada nos ilumine e que Santa Cecília nos acompanhe.

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no trilho da estação, no roteiro dos passos

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janelas que curam

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sinalização do caminho e fomos encontrando sinais na jornada

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os passos na rua e bairro familiar

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no meio da jornada pausa na livraria, paraíso para uma leitora apaixonada

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os trilhos de mais uma etapa

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seguindo o passo a passo

publicado às 18:23

Pequenos grandiosos avanços

por Ivone Neto, em 30.09.21

“Mãe eu recebi elogios pelos meus pequenos avanços.” Eu considero grandiosos. Ela que esteve calada na sala até bem pouco tempo, agora já se comunica. “Mãe os professores agora conhecem minha voz.”

Ela que segue tirando boas notas e tem esmero em cada atividade que executa.
Ela que fala com brilho nos olhos das aulas e professores.
Ela que tem amigos na sala (“poucos mas tenho”)
Ela que ama ler e escreve bem.
Ela que está aprendendo a lidar com seus desafios. Tão madura nos seus 13 anos.
Ela que tem potencial gigante para seguir descobrindo suas habilidades.
Ela que me orgulha tanto.
Ela, a menina do meio e amada da casa.

Cada passo seu representa uma conquista imensa filha!
Entre o mar e o céu há um infinito de possibilidades. Mergulhe, navegue e voe Isabelly. Nós te Amamos e estaremos aqui para apoiar cada passo!

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Minha proximidade elementar. Menina das Águas e comunhão celeste

publicado às 16:44

Volta as aulas, medos, desafios e esperança

por Ivone Neto, em 17.02.21

As dúvidas, os medos e os desafios são enormes nessa pandemia e tem afetado muitas pessoas, empresas e instituições. O prejuízo ao aprendizado das crianças, a saudade do ambiente escolar e todas as mazelas das restrições impostas pela pandemia tem causado muitos transtornos às famílias. Muitos criticam o retorno das aulas presenciais e os argumentos são válidos. No entanto, como responder ao questionamento de muitas crianças, inclusive os meus que, dentre outras, indagam:

“você pode trabalhar e eu não posso ir à escola?”

“no jornal vejo as pessoas na praia e nós não podemos viajar?”

Claro que há respostas coerentes para as questões acima e tantas outras que ouvimos. No meu caso eu sempre procuro pontuar para meus filhos que cada família tem seu ritmo, regras e decisões. Convivo com outras mães que como eu precisam trabalhar e vivem uma dificuldade enorme para encontrar alguém para deixar os filhos. E também compartilhamos de outras adversidades desse período que está se alongando demais.

O ano passado minha filha de 12 anos sofreu muito com a ausência da escola. Estudiosa que é, chorou muito a falta presencial. A ansiedade dela deu um salto. O caçula sequer assistiu as aulas virtuais porque eu estava trabalhando. Tive que ficar me desdobrando fazendo as atividades com ele a noite e final de semana. Na atividade que exerço não tenho como atender home office e conheço mães que estão atuando nessa modalidade que estão sobrecarregadas também. Na minha casa foram três pessoas diferentes que ficaram com eles num intervalo de 8 meses. Além de dias que eles tiveram que vir para meu trabalho ou ficar na minha irmã que já tem uma carga grande porque eu não tinha outra alternativa.

As justificativas das críticas da volta as aulas são contundentes, mas é preciso enxergar a realidade de muitas mães que precisam ser ouvidas também. Os professores e toda equipe escolar deveriam estar na linha de prioridade da vacinação. A defasagem desse longo período sem estudo deixará sequelas por muito tempo. Eu que já tive Covid também ainda sofro de sequelas dessa doença e sei bem como é danoso. Cada sequela com sua dor e resultados.

Nossa decisão dos nossos filhos retornarem para a escola foi unânime. Eles estão indo todos os dias. Temos ciência do risco e enfatizamos os cuidados que eles precisam adotar. Confiamos na instituição que eles estudam que está se esmerando na pratica dos protocolos sanitários. A alegria da minha filha contando as novidades das aulas cotidianas me dá tanta esperança e aplaca um pouco do receio que sinto apertar meu peito.

Tem sido difícil, os nós vão apertando e os laços enternecendo. Cada um sabe o que sente. Eu durmo e acordo com uma mistura de sensações e tento não esmorecer, é um exercício cotidiano de perseverança. Os desafios são grandes. Que nossa força também seja gigante para seguirmos adiante.

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publicado às 14:34

As emoções das crianças

por Ivone Neto, em 27.07.16

É impressionante como nossas emoções tem influência em nossa caminhada. Sentir faz toda diferença e aprender a lidar com as diferentes emoções é um desafio constante. Há dias que estamos mais sensíveis e isso pode acontecer por distintos fatores. Um encontro, uma despedida, acontecimentos que despertam alegrias, tristezas, raiva, saudades. Com as crianças não é diferente e conversar com elas sobre essas sensações é importante. Essa semana eu enfrentei crise de choro de saudade com a Isa e a reflexão do Arthur de que pode chegar a hora dele casar e sair de perto do colo e casa da mãe. Soluços, lágrimas, abraços, diálogos. E nossas emoções misturadas formam um cardápio desafiador. Com o tempero do amor como receita vou filtrando as lições e seguindo a aprendiz trilha maternidade.

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 Vencendo desafio do medo. E ela resolveu andar cavalo 

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E depois resolveu ir tirolesa. Coragem da minha menina 

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Em outro momento de despedida, a tristeza na expressão dela. Ela tá tendo que aprender a lidar com suadade e não tem sido fácil.

publicado às 19:39

Desafio: 3 filhos, 2 quartos, como transformar?

por Ivone Neto, em 16.02.16

As idades: Quase 22 anos, 8 anos e 4 quatros. Aniversários chegando. Esse ano eu vou sugerir que o presente escolhido seja o projeto dos quartos. Cada um precisa do seu espaço. A Isa de quase 8 não tem como dividir o quarto com a de 22 anos. Muita diferença de idade. E o comentário da Isa revela o principal entrave: “não posso ficar junto com a Buda, tem cheiro demais nesse quarto”. Sim, a mais alérgica da casa sabe bem das suas dificuldades com aromas.

 

Atualmente a Bruna ocupa o quarto maior e a ideia inicial seria transferir ela pro quarto menor que hoje é da Isa. E dividir o quarto maior em dois. Detalhe, o Arthur está no meu quarto e o pai no sofá, no andar térreo. Essa configuração não está dando certo. E até o pequeno anda questionando seu quarto. “Mãe quando vou ter meu quarto?” Tem horas que ele fala em bichos, outra super herói. Hoje, no carro, ele e Isa vinham conversando sobre a cor que vão pintar a porta e paredes. Interessante vê-los envolvidos assim. Agora vai porque eles estão empolgados.

 

Esse final de semana a Isa pesquisou quartos de irmãos na Internet e até escolheu um de menino e menina. A ideia dela é dividir o quarto com Arthur sem divisórias. Só que essa convivência tem conflitos na hora de brincar, escolher o desenho da TV, o Arthur pega os brinquedos dela, que fica estressada, enfim, eles brincam muito juntos, só que tem momentos que a Isa quer brincar sozinha com suas bonecas e imaginação, sem ninguém por perto. Acredito que essa divisão pode gerar mais conflitos do que aproximação nesse estágio que eles estão. Por outro lado, pode também ser uma oportunidade deles aprenderem com essa convivência no mesmo espaço. O pai é taxativo: “não dá certo!”

 

Tem ainda uma terceira solução que já cogitei antes. O quarto da Bruna no sótão. É um espaço que está sem uso, só que imagino que o custo será mais elevado já que tenho que fazer também um banheiro lá em cima. Já até pesquisamos decoração desse tipo de quarto e percebi que é uma possibilidade que podemos explorar bastante a criatividade, além do que, a Bruna teria mais privacidade já que os irmãos pequenos vivem invadindo seu quarto.

 

É uma meta para 2016. Só que primeiro precisamos definir o projeto e colocar mãos a obra! O começo é esse, refletir sobre as possibilidades, ouvir cada um, fazer orçamento, estudar o passo a passo...10956632_989538477723733_1313945670330717496_n.jpg

 

publicado às 12:01

Compromissos filha, compromissos mãe

por Ivone Neto, em 25.11.15

A Isa é muito dedicada com seus compromissos escolares. Amanhã tem evento do PROERD e ela fica ensaiando no banho, nas brincadeiras com suas bonecas e fica lembrando o horário: “mãe é quinta-feira às 10:00, você vai né?” Sim, eu vou Isa. Essa pergunta dela me vez lembrar um episódio da escola do pré da minha filha primogênita que hoje tem 21 anos. Fui à festa em comemoração ao Dia das Mães na escola e sai de lá com o coração despedaçado com o choro de uma menina pela ausência de sua mãe. Lembro que a professora tentava consolá-la dizendo que a mãe não tinha conseguido liberação no trabalho, no entanto, estava ali em pensamento e coração e que ela a amava muito. Olhei os olhos da Bruna brilhando ao me ver e as lágrimas da pequena menina ao fundo. E sabe aquele nó na garganta que nasce e te sufoca? Fui ao banheiro e comecei a chorar mesmo antes da apresentação.

A maternidade tem muitos desafios e conciliar as atividades não é tarefa fácil. No entanto, penso que falta sensibilidade em muitas empresas para compreender a necessidade das mães em estar presente na vida dos seus filhos em determinados momentos. Isso aconteceu há 17 anos e fico pensando em como essa cena pode estar se repetindo na vida de muitas crianças. Lembro também de ter ouvido de uma gerente de uma empresa que trabalhei quando me perguntou por determinada funcionária e eu respondi que tinha ido ao médico para consulta de pré-natal: “na gravidez já falta, imagine quando a criança nascer, é difícil”. É realmente difícil lidar com o turbilhão de acontecimentos da jornada maternal, exigem muito de nós mulheres como se fôssemos mulheres maravilhas, eu não tenho esse “super poder” para dar conta de tudo e penso que muitas mães também não. Querem que sejamos perfeitas e não somos. Vamos aprendendo com as diferentes situações. Só que compromisso escolar dos meus filhos é prioridade no meu calendário.


Já até ouvi em reunião escolar: “pra você é mais fácil porque trabalha por conta”. Foi uma escolha que fiz e assumo a dor e delícia de empreender e ter o privilégio da flexibilidade na minha agenda. É preciso responsabilidade, força e tantos outros elementos tangíveis e intangíveis para tocar empresa, família, casa e procurar tempo para, de vez em quando, curtir uma atividade só minha como caminhar, ler e ir ao teatro, o que, aliás, já planejei para primeira quinta-feira do mês 12/2015. Compromisso da Isa, compromisso da mãe, uma associação que faz muita diferença na sua vida. Amanhã às 10:00 estarei lá na plateia para assistir minha Isa e sua turma.

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 Isa na festa cultural da escola. Apresentando a Gibiteca Turma da Mônica de sua turma

publicado às 12:54

Cada fase é diferente

por Ivone Neto, em 15.12.10

A Isa está em uma nova fase. Chegou a hora de sair das fraldas. Toda mudança exige paciência, carinho e persistência para ensinar as crianças a vencerem os desafios. A saída da fralda é um deles e a minha pequena Isa e toda família está envolvida nesta tarefa.


Depois do choro inicial pedindo a fralda, do medo e desconforto de molhar a roupa, começamos a estimular com brincadeiras e o convite para imitar as amigas da escola e a irmã funcionou. E assim, lado a lado, passo a passo, fomos conquistando sua confiança.

Essa foi uma semana de avanços. Na hora do “xixi”, a Isa convida a irmã, o papai e a mamãe para ouvir o barulhinho e com um sorriso vitorioso dá o sinal do som. Claro que ela recebe aplausos, parabéns e muitos abraços e beijos. Ela já até fez o primeiro número “2” rsrsrs.

Estamos próximo da finalização dessa fase. Que bom dá adeus as fraldas!
Próximos ciclos virão. 2011 está chegando!

publicado às 21:34


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