Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Meu Blog Maternidade. Aqui vou registrando meu aprendizado do cotidiano de mãe. Minhas percepções, desafios, emoções, acontecimentos e sensações únicas da minha jornada maternal. Tenho duas filhas e um filho, três sementes, frutos, presentes AMOR
Já escrevi no meu Blog Maternidade sobre o tempo da mãe, relatando sobre o encontro do Clube de Leitura que participei na Martins Fontes na Paulista. A corrida agenda maternal acaba por nos afastar de nós mesmas, em diferentes ciclos. No puerpério então, muitas de nós passamos por momentos de extrema solidão. À medida que os filhos crescem, acabamos priorizando a rotina de atividades das crianças. Ainda assim, iniciar esse processo de resgatar o nosso tempo é prioritário também.
Como nos colocar como prioridade? Com quem ficar os filhos para uma saída com amigas? Conseguir esse espaço para um café ou qualquer outra atividade é um desafio. Quando nos reunimos com outras mães para partilhar experiências, observo algumas semelhanças mesmo diante das diferenças do contexto de cada família. E se tem um aspecto que todas abordam com frequência é o quanto esses encontros são importantes. Muitas falam da emoção de sentir-se acolhida nesses momentos de troca.
Para muitas mães ter uma rede de apoio é apenas um sonho longínquo. Conheço algumas que tem e tantas outras que não. Já ouvi até que nossa “obrigação” é mesmo ficar em casa cuidando do lar e das necessidades das crianças: “quando eles crescerem, aí sim pode voltar a sair.” Reflita sobre o tanto que essa fala retrata. Sofremos pressão de todos os lados que nos afligem com culpas e cobranças. Desdobramo-nos em várias para tentar dar conta de tudo e não nos incluímos nesse roteiro. Até adoecermos pelo excesso. Quantas de nós gritam exaustão pelos poros?
Ando refletindo muito sobre o peso que carregamos. Falo no plural porque tenho amigas, cada uma com seu diferencial, caminhando nessa estrada árdua e aprendiz que é a maternidade e seus entrelaçamentos. Ser escuta me ensina tanto. Às vezes, nada precisamos dizer e no silêncio nos compreendemos. Em outras damos sim vozes aos nossos anseios, dores e relatos, compartilhando nossas vivências, respeitando nossas singularidades.
Contar com pessoas nas quais confiamos e comungamos afeto é uma bênção. Na maturidade vamos refinando as relações e se uma certeza, das poucas que tenho, é de que os meus laços afetivos são raros e sagrados. Gratidão Meninas pela noite de ontem, pelo vinho, risos, lágrimas, escuta, histórias, abraços e tantas sensações que não há palavras capazes de descrever. E sim, eu vou cada vez mais priorizar o tempo da proximidade dessa Mãe Maria.
E sim eu bebi o vinho e apreciei! Até a próxima taça!
Iniciando a caminhada na maturidade do vinho
Eu e Zilda nos conhecemos desde menina. Somos amigas conterrâneas e o nosso laço vai além da terra onde nascemos, ultrapassou fronteiras e gerações. Nos reencontramos aqui em São Paulo há aproximadamente 14 anos atrás. Eu já mãe de uma moça, ela de dois meninos. E veio a gravidez da minha Isa, minha segunda gestação e em seguida foi a vez da Julia, para completar a tríade da minha amiga. E eis que também completei minha tríade com meu elemento surpresa menino. E adivinha quem foi uma das primeiras pessoas que soube da minha terceira gravidez e acertou em cheio que seria o caçula Arthur? Ela mesma, a querida Zilda me disse assim que a comuniquei por telefone. Fiquei com a ligação gravada na memória coração. E o tempo segue registrando nossos encontros. E eu sou muito grata por ter personagens assim para compartilhar as estações da vida.
A Isa e Julia já estudaram na mesma escola, moraram no mesmo bairro e hoje, em bairros e escolas distintas, seguem amigas. É tão sublime observar a sintonia dessa amizade. Como elas brincam e se divertem juntas. Seguiremos compartilhando nossas histórias. É laço bênção: amigas mães e filhas!
A Isabelly tem muitos amigos e amigas. Na época da educação infantil (ai meu coração palpita em pensar como ela tá crescendo), na escola Raio de Luz sempre foi comum encontrar as mães e ouvir: “ah você é a mãe da Isabelinha, minha filha (o) fala direto dela”. Ontem estive com ela na festa junina da escola atual, já está no 2º ano e muito bonito vê-la encontrando os amigos e amigas, os abraços, as brincadeiras, as gargalhadas, a correria. Ao ver o Gustavo ela exclamou: “mãe olha meu amigo Gustavo”. E conheci a mãe e o Gustavo. E adivinha o que ouvi: “Nossa o Gustavo fala muito da Isa”.
Os laços afetivos que as crianças tecem encantam meu coração. O carinho com a professora também é tocante. A despedida anual é sempre dolorida e emocionante. Todo final de ano encerra o ciclo e fica a expectativa do seguinte: “mãe será que minha turma vai ser a mesma?”.
A Isa tem amizades desde o maternal, hoje em diferentes escolas, e seguem amigas. E penso que ela vai ser daquelas meninas que carregará amigos como bagagem valiosa por toda vida!
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.