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Violência política na escola

por Ivone Neto, em 02.11.22

O resultado das eleições está consagrado pelas urnas. Nosso sistema eleitoral é ágil e credível, um exemplo para o mundo. O país está dividido, é o que ouvimos.  Temos dois lados bem diferentes, ouço com frequência. Vivemos em uma Democracia e que continuemos assim.  É preciso aceitar as diferenças e, infelizmente, uma parcela de eleitores do que foi derrotado, segue agindo de forma truculenta e incentivando a violência entre todos.

Em todos os ambientes e nas escolas têm acontecido episódios temerosos, reflexo do que eles estão convivendo em suas casas, igrejas e comunidades. O episódio a seguir ilustra bem:
Dia 31 de outubro, Dia das Bruxas e do Saci, as crianças e adolescentes puderam ir fantasiados para a escola para brincar o Halloween (foi um convite da escola e a participação foi voluntária). Uma criança de 12 anos disse a minha filha de 14: “estou fantasiado de assassino do Lula e quero mesmo matar ele.” Ela saiu de perto, como tem feito sempre. Ela tem me contado que muitos meninos estão agindo de forma intolerante. Isso tem afastado muito os alunos e corroendo o ambiente estudantil.

A fala dessa criança ou, pré-adolescente, como eles gostam de ser chamados, diz muito sobre o comportamento da sua família. Fico refletindo em como as crianças e os jovens estão sendo impactados com essa postura hostil. Esse derby eleitoral escancarou de modo contundente o quanto é perigoso e doentio o preconceito religioso, social, racial, regional, linguístico e todas as discriminações que diminuem o respeito e ampliam a violência.

Ficam as perguntas para os pais desse e tantos outros:
O diferente deve ser eliminado? Ou devemos respeitar as diferenças?
Devemos promover o ódio?  Ou nos esforçar para a Paz nas relações?
Qual o caminho você escolhe?

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publicado às 10:27

Pequenos grandiosos avanços

por Ivone Neto, em 30.09.21

“Mãe eu recebi elogios pelos meus pequenos avanços.” Eu considero grandiosos. Ela que esteve calada na sala até bem pouco tempo, agora já se comunica. “Mãe os professores agora conhecem minha voz.”

Ela que segue tirando boas notas e tem esmero em cada atividade que executa.
Ela que fala com brilho nos olhos das aulas e professores.
Ela que tem amigos na sala (“poucos mas tenho”)
Ela que ama ler e escreve bem.
Ela que está aprendendo a lidar com seus desafios. Tão madura nos seus 13 anos.
Ela que tem potencial gigante para seguir descobrindo suas habilidades.
Ela que me orgulha tanto.
Ela, a menina do meio e amada da casa.

Cada passo seu representa uma conquista imensa filha!
Entre o mar e o céu há um infinito de possibilidades. Mergulhe, navegue e voe Isabelly. Nós te Amamos e estaremos aqui para apoiar cada passo!

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Minha proximidade elementar. Menina das Águas e comunhão celeste

publicado às 16:44

Volta as aulas, medos, desafios e esperança

por Ivone Neto, em 17.02.21

As dúvidas, os medos e os desafios são enormes nessa pandemia e tem afetado muitas pessoas, empresas e instituições. O prejuízo ao aprendizado das crianças, a saudade do ambiente escolar e todas as mazelas das restrições impostas pela pandemia tem causado muitos transtornos às famílias. Muitos criticam o retorno das aulas presenciais e os argumentos são válidos. No entanto, como responder ao questionamento de muitas crianças, inclusive os meus que, dentre outras, indagam:

“você pode trabalhar e eu não posso ir à escola?”

“no jornal vejo as pessoas na praia e nós não podemos viajar?”

Claro que há respostas coerentes para as questões acima e tantas outras que ouvimos. No meu caso eu sempre procuro pontuar para meus filhos que cada família tem seu ritmo, regras e decisões. Convivo com outras mães que como eu precisam trabalhar e vivem uma dificuldade enorme para encontrar alguém para deixar os filhos. E também compartilhamos de outras adversidades desse período que está se alongando demais.

O ano passado minha filha de 12 anos sofreu muito com a ausência da escola. Estudiosa que é, chorou muito a falta presencial. A ansiedade dela deu um salto. O caçula sequer assistiu as aulas virtuais porque eu estava trabalhando. Tive que ficar me desdobrando fazendo as atividades com ele a noite e final de semana. Na atividade que exerço não tenho como atender home office e conheço mães que estão atuando nessa modalidade que estão sobrecarregadas também. Na minha casa foram três pessoas diferentes que ficaram com eles num intervalo de 8 meses. Além de dias que eles tiveram que vir para meu trabalho ou ficar na minha irmã que já tem uma carga grande porque eu não tinha outra alternativa.

As justificativas das críticas da volta as aulas são contundentes, mas é preciso enxergar a realidade de muitas mães que precisam ser ouvidas também. Os professores e toda equipe escolar deveriam estar na linha de prioridade da vacinação. A defasagem desse longo período sem estudo deixará sequelas por muito tempo. Eu que já tive Covid também ainda sofro de sequelas dessa doença e sei bem como é danoso. Cada sequela com sua dor e resultados.

Nossa decisão dos nossos filhos retornarem para a escola foi unânime. Eles estão indo todos os dias. Temos ciência do risco e enfatizamos os cuidados que eles precisam adotar. Confiamos na instituição que eles estudam que está se esmerando na pratica dos protocolos sanitários. A alegria da minha filha contando as novidades das aulas cotidianas me dá tanta esperança e aplaca um pouco do receio que sinto apertar meu peito.

Tem sido difícil, os nós vão apertando e os laços enternecendo. Cada um sabe o que sente. Eu durmo e acordo com uma mistura de sensações e tento não esmorecer, é um exercício cotidiano de perseverança. Os desafios são grandes. Que nossa força também seja gigante para seguirmos adiante.

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publicado às 14:34

Um resumo da semana e outras vivências da quarentena

por Ivone Neto, em 19.06.20

No trabalho: ótimas notícias de clientes que se curaram da Covid-19 e estão reabrindo suas oficinas, retomando as obras e outros voltando pra estrada. Viva!
Essa semana apareceu um aqui querendo tirar vantagem. Exigindo garantia de peça que não fizemos o serviço. Com toda grossura possível. E foi atendido com toda educação, e mostramos as evidências de que aqui não foi feito o serviço. Vai exigir garantia de onde fez, aqui não. “Caiu do cavalo”

Em casa:
Isa segue com as “chatas e improdutivas”, na sua fala, aulas virtuais. E brava com a quantidade de trabalhos para o curto espaço de tempo. É coisa demais e aprendizado de menos. Nada como a interação presencial. Fora isso, a falta das amigas dói. As séries e os livros tem sido as companhias.


Arthur nem faz as aulas virtuais. Sigo com ele fazendo as atividades propostas do sistema, a noite e no fim de semana. É tenso em alguns momentos, alegres em outros. É um lápis na mão e o chinelo no outro. E muitos abraços e cheiros quando findamos as páginas.

A pressão é grande nesses tempos de pandemia em distintos aspectos, o cansaço é maior. Eu tenho dormido cedo e acordado com o primeiro canto do galo. Para piorar meu dente que eu ia iniciar o canal em março e cancelei as consultas por conta do Covid-19 anda latejando que só a gota. Ah e tenho os livros na minha cabeceira que ando lendo (meus bálsamos). Nesse período Angela Davis, Cidinha da Silva, Eliane Brum, Pilar Bu, são alguns dos livros já lidos. De vez em quando rabisco no cadernos cartas que vou enviar e digito rascunhos como este. Escrever é uma terapia.

Meu marido anda saudoso dos amigos, da cerveja, do canto, das risadas e todas as nuances dos encontros. São 100 dias sem cerveja. E, mesmo diante da sofrência, ele segue com sua incrível inteligência e força de trabalho, e, claro, seu sensacional humor. E reclama de meus mandados, montar uma coisa, me ajudar em outra, só não de regar o jardim. Quando eu o chamo já diz logo: “ai minha Santinha lá vem ela”. Sim até que ele tem sido paciente. Eu ando mais chata que de costume.

Na política: Um Viva com fogos juninos para a prisão do Queiroz, a derrocada do sinistro da educação, um dos mais deseducados que já vi, pro silêncio dos robôs milicianos no Twitter. Ah e descobri que faz parte da defesa hospedar o réu. Eita que esse Brasil não é para amadores viu!

Como eternizou o adorável Boechat: “toca o barco” que a quarentena segue. E haja músculo se for a vela que as tempestades não tão pra brincadeira!

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É pro mar que vou depois da quarentena. Oh saudades com cheiro de maresia

publicado às 14:15

O lugar na sala da saudade

por Ivone Neto, em 13.06.20

Das faltas que a Isa sente, a rotina escolar é uma das mais intensas que observo. Ela sempre apreciou a escola, desde bem pequena. Conversando sobre as aulas, sua turma na hora do intervalo, as expectativas dessa mudança para o FundII, como ela chama, um detalhe chamou minha atenção, ela lembrando da sua cadeira em cada uma das salas, do 5º 4º 3º e até do pré! Sua lembrança escolar é incrível! O afeto que a Isa demonstra pelo estudo é encantador.

Ela tem reclamado muito das aulas virtuais. A interação presencial faz toda diferença no aprendizado. Por mais que ela seja aplicada nesse home school, a nova rotina em casa, especificamente esse período preventivo da escola, tem cansado. “Mãe já faz mais de 3 meses que não saio de casa. Não vejo a hora de ir para escola”.

No seu quarto, que hoje ganhou a rede, escuto o som do balanço, ela está lá deitada, sentindo o vento e assistindo série. Ela tem descoberto séries de ficção científica. Sim ela gosta de ciências. No enredo do seu quarto, livros e músicas. Nesse processo de transição para a adolescência, ela segue nos surpreendendo com seu crescimento. Sinto receio, admiração, orgulho, alegria...um misto de sentimentos. Dessas coisas de mãe que sofre com as fases. E sua fase lunar é a Cheia, combinando com sua grandeza. 

As estações seguem, os diálogos mudam, o formato e conteúdo. Ela tem conversado por áudio com as amigas e diz “não é a mesma coisa mãe. Sinto falta das minhas amigas.” Lembrei das risadas delas juntas, dos passeios, delas dormindo aqui em casa, ou vice e versa. Os amigos são laços sagrados e nós temos muito apreço por nossas amizades. Eu digo a Isa que os verdadeiros amigos se tornam perenes.

Nossa “sensacional” Isa, seu aniversário está chegando. Já encomendei o brigadeiro e o bolo de chocolate que você gosta. Aliás, os raros doces que ela gosta. Dessa vez não teremos a casa cheia para celebrar e sei que isso a entristece. É uma fase difícil para todos, especialmente, para pessoas sensíveis como a Isa, que guarda na memória afetiva de sua sala coração: cantos, vivências e personagens.

Que precioso ser sua mãe. Você é um presente em nossas vidas! 
Das nossas saudades da quarentena. Registro 2

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Que seu universo de leitura, das mais diversas formas, seja fértil

publicado às 23:20

As crianças e a quarentena

por Ivone Neto, em 05.04.20

É difícil o confinamento para as crianças. Tão afetuosos que são, adoram companhia, brincar ao ar livre e estar junto dos amigos. Sempre perguntam quando poderão ver aquele ou aquela amiga, que dia vão passear e quando as aulas voltarão, os churrascos, os passeios...

Isa sente muita falta da escola, da sala de aula, do barulho do intervalo, das brincadeiras, das explicações dos professores e de toda rotina escolar. Ela tem conseguido acompanhar as aulas virtuais. Não aprecia esse formato. Sente falta da interação. E até chora quando começa a falar das aulas.

Arthur não consegue acompanhar a aula virtual, prender a atenção dele é complicado. Como ele fica integral e isso é cansativo, a saudade que ele sente são de aulas pontuais como a de educação física, de música e de brincar com os amigos. Tenho feito com ele as atividades dos livros indicadas pela plataforma.

Cheio de energia, Arthur sente muita falta de jogar futebol, andar de bicicleta e poder brincar com os amigos vizinhos. Isa já sente ausência de receber as amigas aqui em casa e de ir passear com elas. Esse período de isolamento revela também o quanto é importante a presença e reforça, até pela dolorida saudade, os laços da família e amigos que eles sentem falta.

“Brincar sozinha não tem muita graça.”
“Que saudade da escola mãe”
“Que dia vou ver meu amigo?”
“Quando vou poder sair de casa?”

Frases que ainda não temos resposta. Não tem data definida. Só fazer nossa parte e esperar que o resultado do distanciamento seja positivo para diminuir o número de infectados. E que Deus nos abençoe nessa travessia. Amém!

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os primos juntos na casa da tia Lane

 

publicado às 16:30

O despertar no primeiro dia de aula

por Ivone Neto, em 28.01.20

A expectativa da Isa para iniciar as aulas de 2020 começou desde que o ano anterior terminou. Já pensava no material escolar, na nova turma, nas novas matérias, professoras e etc. Sim, ela já foi para o 6º ano do Fundamental II. E hoje acordou às 4:30 da manhã para organizar a primeira saída. Tomou café, colocou uniforme, arrumou cabelo, conferiu a mochila e me ajudou a preparar a lancheira. 5:50 e tudo pronto. Arthur foi acordado às 5:40 para se arrumar e tomar o café que não desceu. Ele não costuma comer cedo. Mesmo diante da nossa insistência ele não comeu nada. Disse que comerá na hora do lanche. Ao contrário da Isa, ele estava apreensivo com a nova professora e com o movimento mais acelerado da manhã. Veio no carro, ao meu lado, numa quietude.

O pai acordou com seu humor ácido matinal, quando viu a hora disse: “É muito cedo. Daqui a pouco estamos dormindo na porta da escola”. No trajeto de casa para escola, Isa falante, Arthur silencioso. Quando íamos nos aproximando o pai disse: “O Samuel deve tá de pijama ainda e a portão deve tá fechado”. O Samuel é um dos profissionais que recepcionam os alunos e quando chegamos em frente a escola, às 6:30 da manhã, ele já estava lá, sorridente no seu terno recebendo a turma do novo ano letivo.

Eu levei eles até o portão, abracei forte o Arthur que entrou e ficou na fila de sua turma, sozinho ainda. Foi o primeiro a chegar. A Isa já encontrou uma amiga e foi pro seu canto. Eu entrei no pátio para novamente abraçar o meu caçula e desejar uma boa aula. Ele sorriu.

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Isa e Arthur nas atividades do plantão de férias

publicado às 10:13

O que fazer nas férias das crianças?

por Ivone Neto, em 17.07.19

“Mãe bem que você poderia ser professora, até leva jeito” Diz a Isa. O jeito que ela cita na frase é que ela diz que sei explicar história quando estudo junto com ela nas provas e que adoro ler. Outro motivo pelo qual ela deseja que eu atue como professora é para sair de férias junto com ela e seu irmão. Sim, eles estão no plantão de férias na escola e eu estou trabalhando nesse longo julho. E costumo trabalhar também nas férias de janeiro. Esses dias ela voltou na mesma tecla: “mãe ainda dá para você estudar e ser professora? Seria tão bom ficar com você nas férias”

Assim como eu, muitas outras mães ficam de cabelo em pé nesse período. Quem não trabalha, consegue fazer uma programação semanal, vai viajar, afinal, eles ficarem só em casa é entediante. Tem outro fator complicador. Viajar em período de férias é mais caro. Quando não há outra possibilidade precisamos pesquisar bem o destino e atrações. Nos feriados também o valor é diferente, o que é bem injusto. Eu tenho fugido desses períodos, preferido viagens mais curtas e fora da chamada temporada. Dá para aproveitar melhor, gastando menos.

Nas férias passadas, sem o plantão de férias na escola, foi bem difícil. Um dia aqui, outro acolá. Encontrar alguém de confiança para ficar em casa não é tarefa fácil. Foi grande meu alívio ao saber que nesse mês de julho teria plantão de férias na escola. Com atividades recreativas que eles estão adorando. Até minha Isa, que pela primeira vez ficou, está apreciando as comidas, brincadeiras, gincanas e terá até passeio externo. E para diferenciar um pouco, essa semana, eles terão o dia de folga do plantão, em casa, com uma tia mais que especial.

E assim vamos desenhando o enredo das férias. Logo mais teremos que planejar a programação das próximas. 15 dias já tenho programado. Ah e sobre ser professora, é um grande elogio da minha Isa saber que na sua percepção eu levo jeito para essa profissão que tanto ADMIRO!

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No Ibirapuera, parque que estimo muito

 

publicado às 15:43

A confiança é um Raio de Luz

por Ivone Neto, em 21.11.18

Indicar o serviço de educação requer uma dose extra de confiança. Nossos filhos passam muito tempo na escola e esse precioso período envolve diversas atividades. Muitos pais perguntam indicação de escolas e visitam diferentes entidades para escolher o melhor ensino para seu filho. Há muitas variáveis para colocar na balança, o preço, a estrutura, a metodologia e etcs. As indicações dos pais que tem filhos estudando na escola conta muito na decisão. A experiência faz toda diferença para os pais e alunos.

Minha experiência com a escola Raio de Luz completou 9 anos. Meus dois filhos Isa e Arthur viveram muitos momentos especiais na escola. A Isa ficou desde 2 anos e o Arthur desde o maternal. Esse é o ano da despedida. Um misto de sentimentos e recordações despertam enquanto escrevo essas poucas linhas. E a certeza plena de seguir indicando a escola infantil que agora está em nova unidade e com novos passos. Meus votos de sucesso para que todos os atores envolvidos nesse desafio sigam evoluindo nessa missão tão nobre de aprender e ensinar.

Eu poderia escolher várias palavras para caracterizar as qualidades da equipe Raio de Luz. São tantas que afloram com as lembranças que palpitam em meu coração, no entanto, eu vou escolher uma que tem um significado múltiplo pelo que eu acredito que faz toda diferença nesse universo da educação: AFETO. Sim, a AFETIVIDADE enlaça o enredo aprendiz de modo sensorial e deixa marcas. Gratidão Raio de Luz. Muito, muito obrigada!

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publicado às 16:01

O lápis, a bola, as lições do Arthur

por Ivone Neto, em 30.10.18

É difícil sentar com ele para as lições. A bola é mais convidativa. A de verdade e a imaginária já que tudo em suas mãos tem o poder de se transformar em jogadores ou bola. O lápis, a borracha, o apontador. A cabeça da tartaruga ninja vira bola, a colher, o copo. A escova de dente no banheiro vira trave. O sabonete bola. O papel ele amassa e faz bola, as meias, as cartas do jogo da Isa viram jogadores. E por aí vai. Quando sentamos para fazer lição ele já faz uma expressão de aborrecimento. E ele cansa na primeira página. Não é atrativo. E por mais que seja necessário, eu fico com o coração apertado por as vezes ter se ser dura para que ele faça. Um pouco a cada dia e vamos seguindo, página a página. E assim vamos criando a disciplina de que tem que fazer. Até o pai que é avesso a escola, tem colaborado com a atividade que rende, não com capricho, mas sai e a comemoração dele quando termina é, como diz meu irmão Paulo, “sensacional".

 
Ele está no primeiro ano e sei que esse processo de adaptação com matérias, provas e trabalhos não é fácil. Tem que ser mesmo no passo a passo e respeito o seu jeito e ritmo diferente das meninas.  Vamos seguindo tentando encontrar formas para realizar as tarefas da escola.

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O menino Arthur clicado pelo tio Hique.

 

publicado às 13:46


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