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A morte é o fim?

por Ivone Neto, em 24.05.23

A morte costuma assombrar os viventes. Muitos não ousam falar seu nome e penso que deveríamos ao menos tentar encarar de outra forma, afinal, ele está presente embora represente a ausência. Quando alguém próximo morre um silêncio profundo se acomoda em meus sentidos. Até uma palavra de conforto é difícil pronunciar porque quem a ouve sequer pode escutar nesse momento. Já me peguei em velórios observando as cenas dos abraços e refletindo sobre como esses abraços não existiram no passado da pessoa que está ali no caixão. Disseram-me que passa um filme em nosso momento de partida e fico pensando nos personagens que habitam essa despedida.

A despedida é também de quem fica ainda por um tempo que não temos como estimar. A morte está conosco agora, nesse instante, porque morrer e viver estão entrelaçados. O corpo que vira cinzas ou que vai para debaixo da terra é uma matéria morta que nos chama a olhar para nossa passagem efêmera. Ainda assim tem muito de eterno na morte porque quem vai fica vivo palpitando na saudade dos nossos passos. Tenho tanto dos meus avôs e avó em meu cotidiano. Do riso solto de padrinho-avô, dos cuidados e orações de minha madrinha-avó e dizem que a sensibilidade de vozinho faz morada em minhas ações. Oxalá que sim e que esses retratos se perpetuem nas próximas gerações.

Falar sobre a morte com as crianças é difícil. Ao ver minha tristeza pela morte da Rita Lee, o meu caçula Arthur me abraçou e eu disse que todos nós chegaremos nessa hora. Ele reagiu como a primogênita dizendo que isso não vai acontecer nunca. Não consegui alongar o diálogo, porém sinto que é necessário retomar essa pauta com frequência para ir preparando esse terreno árido que também pode se tornar fértil. Como fertilizar a aridez da morte? É um desafio que me proponho a exercitar, iniciando pelo que a “perda” dos meus avós significou.

Sempre ouvi: perdi minha avó (ou outro ente querido). O eco da palavra perda evidenciando a dor extrema que sentimos. Um pesar de toneladas que cansa nossa estrutura. Até os ossos doem, os músculos inflamam. Sintomas do luto que cada um passa de um jeito e vai moldando os dias até irem suavizando aos poucos. Há quem diga que a ferida segue sangrando para sempre e eu imagino que sim. As minhas seguem cicatrizando. Como fazer essa abordagem da perda que é tão dolorida? Não há receita mágica para lidar com a morte, mas se apenas evitarmos o assunto vamos criando uma visão hostil do que é uma realidade da existência.

Observar a morte como um personagem pode ser uma maneira de trazer certa leveza para facilitar a conversa. O cinema pode ser uma fonte, assim como a literatura. Pensei na Morte do Gato de Botas, no recentemente filme que assistimos em que o menino perdeu o pai, no poema A morte absoluta de Manuel Bandeira que a Isabelly leu por ocasião de uma atividade escolar e fui relembrando outros filmes e livros ...contar minha própria experiência com as mortes dos meus avós...e aproveitar melhor as oportunidades para dialogarmos sobre essa passagem perene da vida. Será uma forma de fertilizar a aridez? Tentarei...

A morte é o fim?  Ou pode ser também um começo?

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sou estrada de saudades no ciclo morte e vida

publicado às 13:10

O diferencial do parabéns

por Ivone Neto, em 26.02.23

Na agenda das mães, as festas infantis figuram no calendário de todos os anos. Aniversários de primos (as) e amigos (as). Do simples bolo em casa aos eventos em salões de festas ou buffet, vamos colecionando encontros desses momentos especiais. Nem sempre conseguimos realizar uma festa e convidar todas as pessoas das nossas relações, em alguns anos já substituímos por experiências, o que tem se tornado frequente para muitas famílias.

“Faz nem que seja um bolinho em casa para não passar em branco.” É uma frase que já ouvi bastante. Celebrar a vida para renovar o renascimento anual é inspirador. Aliás, nem que não seja na data específica, quando definimos um dia para o parabéns e chamamos pessoas queridas para festejar conosco, anunciamos um novo ciclo. Dependendo das circunstâncias nem sempre isso é possível e explicar o motivo é importante para que eles vão aprendendo sobre prioridades e escolhas.

Ontem foi dia de festa de amigos, uma dupla de irmãos de fevereiro que muito estimamos. Observando a foto da Bia pequena no quadro, eu fiquei lembrando outros aniversários dos dois que já participamos. As meninas pulando corda, os meninos jogando bola. E outras brincadeiras das meninas que não cansavam de brincar. Os meninos jogaram tanto, que imagino que alguns estejam como meu Arthur está hoje, exausto. Ele que nunca para, que nunca dorme durante o dia, está num sono profundo.

Programar uma festa com brincadeiras que façam com que todos participem é uma maneira de transformar a comemoração em uma data inesquecível. Contratar monitores para realizar as atividades da festa é uma estratégica que auxilia os pais e convidados a também curtirem o aniversário. Ontem fiquei observando as crianças brincarem e pensando que vale o esforço para reuni-las e cultivar essas memórias. O tempo anda ligeiro, mudanças acontecem e logo mais a comemoração terá um novo roteiro.

Fiquei refletindo sobre as festas que já fiz em casa, com muitos correndo pela sala, brinquedos espalhados por todos os cantos, bexigas estouradas, riso e choro na hora das tretas, sim porque eles brigam também, das chegadas e partidas dos convidados, dos bolos e temas, das lembrancinhas, dos churrascos e da alegria na hora de cantar os parabéns. Os presentes nem existem mais, já foram todos doados, mas tenho certeza de que na memória deles e nossas, a presença de quem veio ficou marcada. E presença é o que faz diferença em nossas vidas.

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um retrato de saudade. Aniversário Arthur com a família reunida. 2016aniversario2022.jpg
2022: Aniversário Peaches, Damian, Arthur e Bruna. Gerações reunida

publicado às 17:18

o gosto do mar das emoções

por Ivone Neto, em 09.12.19

As últimas semanas foram intensas. Novembro emendando com dezembro reservou muitas emoções no calendário dos dias que seguirão se perpetuando nas memórias afetivas.  Há anos eu não chorava tanto. Estou tão agradecida por ter cumprido minha maior missão do ano. Visitar minha filha e conhecer minha neta e sua família de lá foi um grande presente recheado de tantos abraços, cheiros, risadas e lágrimas. Eu escrevi um caderninho com gotas de lágrimas pingando, sentido o sal do mar escorrendo em minha face como chuva das gotas de orvalho. Em silêncio, depois da escrita, eu contemplava o amanhecer da janela da cozinha enquanto eu fazia o café. E nela se descortina um mar de saudades.

Se tem um sentimento que marca minha jornada maternal é a saudade. Tenho uma filha que mora distante, fazia 3 anos e 6 meses que não nos víamos. Ah sentir seu cheiro e vê-la mãe da Peaches foi uma bênção. Quanta alegria. Observar a alegria da minha Isa, a filha do meio, na companhia da irmã mais velha, conversando, aprendendo, rindo e chorando juntas...cenas que ficarão gravadas para sempre em meu livro coração. As palavras embargavam e a escrita, como sempre, me ajudou a registrar nuances do que senti. E o caderno vivo permanece com novas páginas a serem escritas. E eu cheguei chorando no reencontro com meu caçula e com a missão de ler a carta para o Pai. E na leitura compartilhada, entre soluços, pausas e abraços de todos, a casa foi agraciada com a pureza dos sentimentos que lavam e tocam a alma.

Gratidão ao Sol que brilhou, a neve que caiu, a chuva que molhou a terra e se juntou ao rio de lágrimas das emoções fortes que transbordam. As lembranças tão vivas ardem no cotidiano. E daqui do hemisfério Sul emano calor para o frio do Norte, numa fogueira de saudade que retrata a fortaleza do Amor que nos une.

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a grandeza do Amor dessa imagem é indizível. É coisa do sentir!

 

publicado às 17:50

retrato saudade

por Ivone Neto, em 21.11.19

Dias ligeiros, dias longos
Extremidades do tempo
cruzando o continente das emoções
navegando nos roteiros dos laços
voando nas constelações do Amor
que expande todos os caminhos
E no meu particular, eu vou andando
e construindo minha velha nova estrada
com retratos de saudade, saudade, saudadesss...

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cenário e passos da minha história

 

publicado às 12:51

O trânsito na manhã

por Ivone Neto, em 08.03.16

O trecho é curto. De 6 a 8 km no máximo. Torna-se longo pelo trânsito. Muitas pessoas saindo de casa no mesmo horário. Ando pensando seriamente em mudar essa logística. Vamos por um caminho alternativo ao principal, pelo bairro, observando da janela o movimento da manhã, ponto de ônibus cheio, Butantã, Pinheiros, Barra Funda, Alphaville, Centro Osasco, Vila Yara. Uns vão ao trabalho, outros estudar, e tantos outros compromissos. Escolas no caminho, mães, crianças, adolescentes, cachorros, mochilas. As motos seguem. O Arthur diz: “mãe quero andar na moto vermelha.” A Isa começa a cantar e o som das risadas inunda meu coração. O Arthur vibra porque passou cachorro do lado dele do carro (sim, rola umas brigas pelo lado do carro dependendo do cenário).  Toca uma música no rádio. Isa diz: que música feia. Arthur já começa dançar. Depois é o momento das caretas e eu entro na dança também. Tem que participar da vida.

O Pai, que está gripado, segue dirigindo, com aquele ar de “poucos amigos”, quando tosse ou espirra faz uma cara que assusta qualquer mortal. Ou, como diz minha amiga Carla, citando seu marido quando está simplesmente gripado “parece que está em estado terminal”. Gente, ninguém merece marido doente! A Bruna com seu fone de ouvido, escuta suas canções e segue contemplando o céu. De vez em quando as crianças a cutucam e ela responde com um sorriso. Vejo uma borboleta azul brincando nas flores amarelas e lembro de uma que vi no sítio.

 

Chegamos à primeira parada, escola do Arthur e ele desce animado, sorridente, cheio de energia. Depois casa tia Lane deixar a Isa que já chegou mostrando o tênis novo que comprou na promoção (só estava com um). “Mãe quando suja um tem que ter outro para usar”. Sim, seu argumento me convenceu e a vó Fátima foi com ela ontem comprar outro. Nem sempre dá pra lavar e secar rápido. Abraço apertado e até o final do dia. Até que enfim trabalho. Hoje demoramos 40 minutos.

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publicado às 11:28

Tríade sagrada

por Ivone Neto, em 17.11.15

É assim que chamo meus filhos. Sou mãe de 2 meninas e 1 menino. Tudo bem que a primeira primogênita já é uma mulher, mas, sempre será aquela menina de olhar profundo e sorriso aberto que adorava dormir no meu colo. Aliás, dormir é quase sinônimo dela.  Ela é aquela aventureira que adora viajar e que sente saudade do cheiro do café da mãe. Tem raízes e asas entrelaçadas, é enigmática por essência.  A segunda, a planejada, a do meio, é minha menina das águas, ágil, inteligente, ama com intensidade, ela tem uma sensibilidade aflorada, tem gosto por miudezas e uma proximidade tão ampla com quem toca seu coração que, ao mesmo tempo em que impressiona por tamanho amor, assusta quando por segundos pensamos em certas ausências e mudanças que farão, inevitavelmente, parte da sua caminhada. O terceiro é o menino mais alegre que eu tenha notícia, com energia vital que contagia, seu olhar brilha como fogo de luz, por onde passa vai deixando sua estrela cativante inundar os ambientes, e tem o cafuné mais carinhoso do mundo. Ele veio para sacudir meu cotidiano e fazer com que eu arranque forças do além.  Cada um com sua beleza, seu ritmo e seus passos. Que eu possa ter a graça de continuar acompanhando com muita alegria e aprendizado essa jornada maternal.

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Minha tríade sagrada 

publicado às 13:01

Mãe porque o Arthur recebe mais atenção que eu?

por Ivone Neto, em 05.10.15

Cenário: Isa em seu quarto brincando sozinha. Arthur assistindo desenho na sala ao lado da mamãe no sofá. Hora do dengo, do sono, do cafuné. De repente desce minha magrela, chega perto e indaga: mãe porque o Artur recebe mais atenção que eu?

Confesso que seu questionamento me pegou desprevenida. Coloquei-a no meu colo e expliquei que ele é menor e por isso demanda ainda mais cuidados como ajudar a escovar os dentes, ir ao banheiro, ainda toma mamadeira e etc. Ela só me abraçou e disse: “tá bom mãe, vou lá brincar, depois você vai no meu quarto?”

Alguns dias ela dorme primeiro que ele e tenho perdido esse tempo da leitura, esse momento de ficar um pouco com ela em seu quarto para conversar e brincar. Quando a própria Isa percebe que o sono está vindo forte me chama: “mãe vem rezar comigo, já vou dormir”. O Santo Anjo do Senhor é sagrado todas as noites. Eu rezo e ela também.

Depois de sua pergunta tão incisiva tenho procurado deixar o Arthur na sala com o pai e ir até seu quarto antes do sono profundo, ou de trazer a Isa até meu quarto e ficar com ela ao lado, no colo, brincando, lendo, inventando estórias ou até cantando sua canção de ninar, até ela começar cochilar e eu a conduzi-la até seu aconchego.

Não é tarefa fácil equilibrar o tempo dedicado para cada filho. Nem sempre consigo, mas continuo tentando. Tem dias que eu também só queria ter uns 30 minutos só meu.tododiaediadeler.jpg

publicado às 19:52

Filhos únicos

por Ivone Neto, em 28.07.15

Cada pessoa é única. Esse diferencial é sagrado. Quando temos filhos acompanhamos de perto essa marca da diversidade no cotidiano e, claro, observamos também as semelhanças. Traços físicos, por exemplo, como o formato das mãos e pés.  O modo como cada um caminha pela vida os diferenciam, a forma como cada filho lida com as situações também é distinta. Até o jeito de acordar difere. Isa acorda cedo, sorrindo.  Arthur acorda dengoso, chorando, salvo raras exceções.  Já a Bruna acorda querendo não levantar, sua cama tem certa magia.

A Isa faz muita amizade, é querida da sua turma da escola, embora tenha certa timidez em algumas ocasiões. Tem suas chatices também e quem a conquista ganha seu coração por toda vida, o contrário também. Seu abraço é especial, uma onda de carinho. Menina das águas que navega no mar da sensibilidade.

Bruna tem humor para rir com seus raros amigos e conserva algum silêncio e distância quando não se sente segura. Ela tem uma beleza especial que vai além, coisa de quem tem Vênus expansiva em sua essência e sede de aprendizado.  Tão enigmática como sua Lua, raízes e asas.


Arthur já é espontâneo, autêntico, conversa com todos, abraça com leveza, tem humor refinado para sorrir com abundância (embora acorde “enjoado” é momentâneo), passa das lágrimas para gargalhadas em instantes, sua energia é vibrante para brincar e encantar.  É mesmo menino Fogo!


Tão intenso perceber meus traços neles e saber que cada um tem um pouco dessa mistura que somos. É uma costura colorida como a colcha de retalhos de minha infância, tão lindos quanto o céu enluarado do sertão, tão imensos como a vastidão do mar, tão férteis como os campos de girassóis e tão infinitos como o AMOR.

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Minha geração. Meu legado. Minha tríade sagrada.  

publicado às 14:21

Cotidiano mãe

por Ivone Neto, em 22.05.15


Essa semana descrevi as primeiras horas da minha manhã. Escrever -  mesmo que de forma rápida - esses passos dos primeiros momentos do dia me fez refletir sobre quanto nós mães fazemos em um curto espaço de tempo. Alimentação, arrumação, escola, locomoção, trabalho e o terceiro tempo com jantar, banho, lição e etcs, transforma nosso dia em um emaranhado de tarefas.  É realmente um desafio organizar tudo e entre tropeços e acertos eu vou tentando fazer o melhor.  Tem dias que esqueço isso, noutro aquilo e vou dando um jeito aqui e acolá para ir encaixando o essencial.

Cada família tem seu ritmo, a minha demanda muita energia no meu cotidiano. Entre alegrias, choros, surpresas e adversidades, vamos caminhando.

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Minha tríade sagrada

 

Quinta-feira, 21/05: Primeiras horas manhã:

4:00 acordar mamadeira Arthur. 6:00 levantar preparar café, arrumar mochilas e uniformes escola, Isa acorda e pede alimento, banana, suco. E ajudar lição. Estender a roupa da máquina, tentar encontrar 1 par de meia, ufa preciso ir ao banheiro, vestir, coloco calça, acorda Arthur. Preparar mamadeira, colocar uniforme nele e que exercício, coloco uma perna, ele sai pulando, coloco outra, até que consigo tudo e vamos escovar dentes. Volto para tentar me arrumar, blusa, pentear cabelo, passar protetor solar. Ah...falta o lanche da Isa, vamos pegar.  Vamos Arthur, ah não já está só de meia. Encontrar tênis, colocar. Bruna chama: vamos elevador cegou. Segura que vou colocar meu sapato. Até que enfim todos no elevador para primeira fase do dia. 7:50 manhã.


Sexta-feira, 22/05
5:15 levanto. Vou direto tomar meu remédio da tireoide. Olho a louça do jantar na pia. E vamos lá limpar a pia. Louça lavada, tomo meu limão matinal e preparo o café. Vou ao banheiro antes de alguém acordar. Volto para cozinha e já ouço resmungos no quarto. Preparo rápido mamadeira do Arthur que acordou. Olho o relógio, 6:00, deito uns 5 minutos com ele que faz cafuné em meu cabelo. Hoje ele acordou de excelente humor. A Isa entra no quarto para o chamego dela, abraço, cheiro. E vamos todos pra sala. Hora dela se alimentar, banana e suco. Preparo o Arthur, as mochilas dos dois, e os dois escovam os dentes brigando por espaço no banheiro pequeno. E lá eu vou eu me arrumar e procurar a carteira de vacinação do Arthur. Hoje ele não escapa da vacina. Termino de me arrumar e eis que encontro a carteira. Ufa! Na hora de sair Arthur diz? Quero fazer cocô! Volta tudo...

publicado às 20:13

Lembranças e esquecimentos maternais

por Ivone Neto, em 25.09.12

Agradeço pela luminosidade no horizonte percebida pela Isa na manhã e descrita de modo tão especial. Minha criança observadora que capta os sinais do dia como graça. Ontem, conversando com um fornecedor, falávamos de como é SIM TRABALHOSO ter filhos porque exige de nós a coragem de assumir uma responsabilidade grandiosa, mas, sem dúvida é o meu melhor presente. Esses momentos eternos toca meu coração com uma gratidão fenomenal. No fim, do que você recorda não são das noites em claro, de dormir sentada com o bebê no colo, das lágrimas...absolutamente NÃO.

Esses dias meu marido me questionou sobre uma pergunta que fiz sobre o bebê: Nossa está no 3o filho e tem dúvidas, não lembra mais? Disse em tom de brincadeira porque são coisas da jornada dos bebês e eu já passei por isso...mas sinceramente certos detalhes doloridos dessa fase de dentes, cólicas e outras, eu passei a borracha. Sim, eu tenho muitas dúvidas e continuarei a tê-las.

 

Da Bruna Coriolano Mourão minha primogênita que já tem 18 anos e está aperfeiçoando suas asas, lembro mesmo é dos seus pés correndo pela calçada, da sua imaginação fértil brincando de ser mestre e dos seus alunos divertidos que aguentavam suas deliciosas loucuras infantis, dela se lambuzando na areia da praia inventando castelos, de quando perdeu o medo das ondas, do seu sorriso amplo, das suas participações no teatro...

 

Da Isa me lembro dos seus bicos graciosos, dos seus pés caindo e levantando, de sua expressão de vou tentar de novo, das suas mãos folheando livros, das falas surpresas, do seu abraço mais apertado do mundo, do seu canto na escola, da sua concentração máxima nas brincadeiras, do sua alegria na água, do seu sono anjo, do seu olhar quando a encontro na escola e de tantas coisas mais...

 

Com o Arthur é tudo novo porque cada filho é único e cada experiência, mesmo que já tenhamos bagagem valiosa, é uma nova oportunidade. Sim, continuarei tendo MUITAS dúvidas e questionando aqui e ali vou seguindo...

publicado às 12:31


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