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Meu Blog Maternidade. Aqui vou registrando meu aprendizado do cotidiano de mãe. Minhas percepções, desafios, emoções, acontecimentos e sensações únicas da minha jornada maternal. Tenho duas filhas e um filho, três sementes, frutos, presentes AMOR
Domingo, casa, crianças, surpresa. O primeiro dente de leite do Arthur está mole. Ele exclamou alegre a notícia. Abriu sua boca e mostrou a irmã que mexeu e disse: mãe o dente do Arthur está mole, vai cair o primeiro dente! Arthur complementa: vamos contar pro pai. E lá fomos nós, mamãe, Isa e Arthur, na tarde de verão do domingo de carnaval, contar ao pai a grande novidade. O pai que estava colado no sofá como brincamos, sentou para ouvir a notícia do dia. Ele então ensinou o filho a mexer para amolecer o dente e de lá fomos todos para cozinha. Eu cortei a maça e ele está amolecendo o dente, já sentiu o sangue e a raiz está se descolando. A conversa fluía no lugar de alquimia da casa enquanto um bolo de chocolate era preparado, Arthur mexia e mexia no dente e falava com Isa. E a Isa lembrou que na sua época de cair os dentes sua fada foi muito especial porque trazia um presente pra ele e pro irmão pequenino. E lembramos do episódio do dente que caiu na pia do banheiro, do seu choro por ter perdido e de como o pai tirou os canos para resgatar o dentinho. E assim o herói do dente ficou marcado na memória da Isa.
Enquanto as vozes ecoavam, o pai em pé na porta olhava tudo com aquele olhar que tanto diz. Sim, dá pra sentir tanto quando observamos a ternura do olhar. Nosso pequeno rei está crescendo. É logo que a janela do seu sorriso estará aberta para novas etapas.
Mãe eu sempre fui a menor da sala desde o pré. Eu respondo: Tudo bem filha ser pequena, eu fui até a faculdade. Isso nunca me incomodou, nasci pequena e segui assim. Sou a mais velha e menor dos irmãos e penso que dos primos (as) também. Hoje a Isa já está mais resolvida sobre isso, também como eu, minha Isa senta na carteira da frente da sala, por causa da altura e problema de visão. E nesse último quesito já lida com mais segurança com sua deficiência. Esse ano quando fui conversar com a professora sobre sua deficiência, ela me disse emocionada da sua desenvoltura na apresentação inicial do ano e de como falou com firmeza da sua deficiência visual. E, claro, eu fiquei muito emocionada.
E por ela ser pequena suas roupas duram bastante. Esse ano, ela deu uma esticada e muitas se perderam. Na verdade nem é perda porque doamos para a prima menor. Sim, aqui em casa o desapego é prática contínua. Fizemos uma limpa no guarda roupa e ela ficou quase sem nada. Hoje ela colocou um short e nós rimos juntas de como ele tá pequeno. E foi colocar o chinelo e ficou a metade dos pés pra fora. Teremos que comprar roupas e um novo chinelo para a primavera verão. Hoje ela usou meu chinelo e “ficou quase certinho mãe”. Sim, ela está crescendo. Minha menina das águas com sua sensibilidade refinada floresce na sua caminhada crescente.
Nossas férias foram no sertão pernambucano. Visitar meus avós, bisavós dos meus filhos. Meu pai e tantos tios e primos, é sempre uma conexão recheada de amor. Mochila nas costas, minha Isa na mão esquerda e Arthur na direita. Estradas, chegadas, partidas. Encontros e despedidas no roteiro da minha infância, que também enlaçam a infância dos meus filhos.
Férias curtas e compridas, vastas em alegrias, amor e gratidão. O cenário tão diferente do habitual dos meus pequenos e eles mergulharam nesse ambiente brincando em árvores, no terreiro de pedras, na liberdade de correr sem obstáculo pelo “grande quintal”. Brincaram com os cachorros do sítio e fizeram amizades com as crianças. Encantaram-se com a fogueira no terreiro e com o céu estrelado. “mãe consegui ver a constelação”. E tem um trio brilhante de estrelas. Sim filha, as Três Marias que tanto amo. E voltamos com a bagagem cheia de memórias para cultivar saudade feliz.
No Umbuzeiro, na sombra, a flor, o fruto, a brincadeira no sertão
A Isa adora brincar com suas amigas em casa. Tem muita alegria em receber. Uma de suas amigas desde bebê é a Julia. Aliás, eu e sua mãe Zilda somos amigas desde infância lá no sertão. E nos reencontramos por Sampa e continuamos cultivando esse laço amigo. Penso que Isa e Julia trilharão uma jornada parecida. Elas estudaram juntas no jardim e pré e agora estão em escolas diferentes. Essa distância faz de cada encontro delas uma ocasião especial.
Nesse dia das crianças Isa e Julia brincaram muito. Em casa, no parquinho, no quintal, no quarto, na sacada, na sala, com bonecas, água, brinquedos, risadas, imaginação fértil. E fico tão contente em observar a proximidade refinada que elas nutrem. Coisas de amigas filhas, amigas mães.
Crianças amigas, Ju e Isa, tão especiais
A Isabelly tem muitos amigos e amigas. Na época da educação infantil (ai meu coração palpita em pensar como ela tá crescendo), na escola Raio de Luz sempre foi comum encontrar as mães e ouvir: “ah você é a mãe da Isabelinha, minha filha (o) fala direto dela”. Ontem estive com ela na festa junina da escola atual, já está no 2º ano e muito bonito vê-la encontrando os amigos e amigas, os abraços, as brincadeiras, as gargalhadas, a correria. Ao ver o Gustavo ela exclamou: “mãe olha meu amigo Gustavo”. E conheci a mãe e o Gustavo. E adivinha o que ouvi: “Nossa o Gustavo fala muito da Isa”.
Os laços afetivos que as crianças tecem encantam meu coração. O carinho com a professora também é tocante. A despedida anual é sempre dolorida e emocionante. Todo final de ano encerra o ciclo e fica a expectativa do seguinte: “mãe será que minha turma vai ser a mesma?”.
A Isa tem amizades desde o maternal, hoje em diferentes escolas, e seguem amigas. E penso que ela vai ser daquelas meninas que carregará amigos como bagagem valiosa por toda vida!
Todo ser humano é único, como diz minha amiga Fatyma de Moraes, é um oráculo com múltiplas possibilidades, com enorme potencial criativo. E como é valioso ser único e reconhecer a beleza da diversidade da vida. Sou tão apaixonada pela diversidade nos seus variados formatos que fui presenteada com 3 filhos diferenciais por essência. Cada um com sua natureza ímpar, Arthur, Isa e Bruna, contribuem ao seu modo para o roteiro aprendiz dos meus dias. Hoje fiquei reparando em algumas imagens do Arthur, meu caçula que tem 3 anos e me detive em uma de suas marcas, esse olho fechado pela claridade do sol, um charme de sua graça.
Arthur - 3 anos
A Isa está na 1ª série. Fiquei preocupada com sua adaptação na nova escola, nova metodologia, ritmo, matérias, provas e etcs. Ufa, são muitas mudanças nessa fase e nossa Menina das águas está nos surpreendendo. No começo ela estava receosa e algumas vezes me disse: “mãe, como vou ler palavras em letra de mão, como vou escrever?”
Do melhor modo eu tentei tranquilizá-la e dizer que tudo é um processo e que ela iria aprender sim, no seu próprio tempo, do seu jeito. Apesar do olhar pensante, seu sorriso demonstrava que estava ficando confiante. Próximo das últimas provas do bimestre a Isa já estava empolgada dizendo: “mãe olha só o livro, já está chegado nas páginas das letras de mão”. E quanta alegria emanava de sua voz corrida quando eu a peguei na escola e exclamou: “mãe hoje a aula teve letra de mão e eu aprendi, não é tão difícil”.
E de lá pra cá, ela tem se aplicado em praticar. Lê seus livros, os letreiros da rua, vai costurando as sílabas e formando as palavras. Ah, esse universo aprendiz cheio de descobertas é encantador.
Às vezes fico olhando ela brincar e percebo como está crescendo rápido. Confesso que passa um calafrio em minha espinha e um nó na garganta em ver minha pequena tão crescente. É a jornada maternal ensinando que temos que aproveitar cada fase.
Tenho 3 filhos, 2 meninas e 1 menino. Cada um com seu elemento diferencial. Minha Isa é das águas. Sua sintonia com o mar é muito intensa. Sua alegria brincando com as ondas é uma das expressões de felicidades mais bonita que tenho a bênção de presenciar. Não é a toa que ele vive dizendo que quer morar na praia. Quando planejamos um passeio ao litoral ela fica contando os dias com aquele brilho no olhar de quem vai encontrar o que ama. E quando ela volta do passeio já fala de saudade. Desde pequena eu a chamo de menina das águas e ela disse, mãe eu sou é rainha das águas. Sim, filha, você é uma rainha e seu reino encatado tem cheiro de maresia.
A Isa tem 6 anos e 1 mês. E acabou de perder seu primeiro dente de leite. Quatros dias com o dente balança e não cai até que ela acordou e viu que ele não estava mais lá. Seus olhos brilhantes e seu olhar aguçado procurando o dente entre o cobertor e seu canto de dormir. Já quis avisar o pai e a irmã. Mostrou ao irmão pequeno logo que ele acordou. Espalhou a notícia em casa e na escola. Seu sorriso com janela está uma graça. É minha menina das águas, o primeiro dos próximos e novos dentes virão na primavera.
Mama, papa, Abu, nane, alô e agora disparou a falar. Ela observa e depois fala. Eme para dizer que é meu, emem para dizer amém. É divertido vê-la aprender. É inspirador.
E a Isa adora sapatos, ninguém pode ficar descalço em casa, tem que calçar o papato. É um charme vê-la apreciando o “papato”. Ontem a levei em uma loja de calçados e foi muito engraçado ver seus olhos correndo pela prateleira. Pegava um, pegava outro e teimou de experimentar um que não cabe mais nem no dedinho dela.
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