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Meu Blog Maternidade. Aqui vou registrando meu aprendizado do cotidiano de mãe. Minhas percepções, desafios, emoções, acontecimentos e sensações únicas da minha jornada maternal. Tenho duas filhas e um filho, três sementes, frutos, presentes AMOR
Daqui 2 semanas completarei 50 anos. Eita tempo ligeiro. Quando digo que sou avó algumas pessoas se espantam. “Já? Nem parece.” Entendo como elogio e agradeço. Os cabelos brancos pipocam aqui e a menopausa dá os sinais e estou pronta para o novo ciclo. E sim sou avó da tríade da minha primogênita. Eles moram no outro continente e a saudade lateja todos os instantes. Eu amo ser avó de Peaches, Damian e Alise. Preciosa, Alegria e Menina Luz. Todos da Lua Crescente.
Estive presente no nascimento da Alise que tem 2 meses. Foram 40 dias de muito afeto aquecendo o inverno nevado. Estar longe é dolorido sim, mas é tão incrível nossa sintonia cultivada no tempo que estamos juntos. Ser avó me trouxe uma sensação de continuidade, coisa de gente doida, já me disseram. Sim, sou maluca de nascença. Os tataranetos da minha Vozinha que mês que vem completará 100 anos, que ela teve a alegria de conhecer em vida.
Conexão que vai entrelaçando gerações, lugares e personagens, no movimento migratório. Do sertão ao mar enlaçando origens e voos, chegadas e partidas. Pernambuco, São Paulo, Osasco, Estados Unidos. Sim meus netos são americanos. Na roça de vozinha é a Estrela Dalva, lá nasce a Polar. Na distância continental o céu nos aproxima nas preces, no vento que sopra saudade e nas vivas memórias afetivas.
Aprendi a ser casa mesmo estando na estrada, com as Marias avós e mãe. Eu sou muito grata pela presença das avós em minha vida. Madrinha e avó paterna que já fez sua passagem e que tanto amor me ensinou. Pequena grandiosa Cotinha. Vozinha, a Maria que todos chamam de Joaninha, a matriarca dos Netos, nosso sobrenome vem dela que está pronta para celebrar 1 século. Mulher fortaleza de fibra e fé. Minha mãe, a filha mais velha, é uma avó generosa que espalha dedicação na sua simplicidade.
Eu sou a filha e neta mais velha, assim como Bruna, primeira filha, neta e bisneta. Assim como Peaches, filha, neta, bisneta e tataraneta. Somos gente que ama e nossa proximidade é sagrada. Somos abençoadas e agradeço a Deus por esse laço de sangue e amor. Que eu tenha muita saúde para acompanhar o crescimento da minha tríade de filhos e netos e partilhar momentos que se tornam eternos na lembrança. Sou orgulhosamente uma jovem avó. Minha tríade de netos. Quanta bênção. Gratidão Deus!
Eles do Norte, carregam no DNA o afeto do Sul. Peaches e Damian, meus netos americanos, conheceram sua tataravó em maio deste ano e foi histórico. Eu, a primeira neta de Vozinha com 49, nossa Senhora avó com 99 anos. Sua bisneta Bruna com 30, Peaches 5 e Damian 3. Encontro de gerações. Vivenciamos aquilo que tenho a honra de testemunhar: Sim, o Sertão é o Mundo. E ele habita em sua gente. Onde quer que nossos passos caminhem, nossas raízes seguem palpitando no espírito.
Admirável a interação deles com o universo do sertão. Damian e Peaches cavalgaram, correram atrás das galinhas no terreiro, andaram pelas veredas até o açude, brincaram na rede do alpendre, comeram bem as delícias do fogão a lenha, observaram o céu mais lindo do planeta salpicado de estrelas próximas, partilharam afeto com os primos, tios e tias. Encantaram todos com os abraços carinhosos e “a fala diferente.” Aprenderam o Oxe, Eita e levaram na bagagem tanto amor.
Foram os melhores dias dos últimos tempos. Eles estão tatuados na nossa saudade e na força das recordações e na reza de vozinha que segue nos abençoando. Sou muito grata por pertencer aos Netos, por toda simplicidade, alegria, generosidade e gratidão com que somos recebidos cada vez que cruzamos a porteira do sítio. É um bálsamo sentir-se em casa. Peaches e Damian, ainda que pequenos, foram tocados por essa imensidão de amor.
As fotos registraram algumas cenas. Retratos preciosos de uma viagem inesquecível. As orações de vozinha atravessam fronteiras e nos enlaçam, fecho os olhos e as sinto tocando minha alma na leveza da brisa matinal. As minhas rezas cruzam o Atlântico e estão por lá nas borboletas e janelas que descortinam o verde do jardim e quintal.
Somos estradas de saudades. Somos laços que multiplicam afetos.Até outro dia Sertão. Voltaremos com a graça de Deus!
Durante uma conversa no trajeto de volta para casa, Arthur disse: “mãe o Kaique e o Maycon são amigos da família. Mãe temos uma família de amigos né?” Sim, temos sim filho. São laços do coração. É um grande presente ter amigos tão presentes. Arthur tem muito afeto por seus amigos. Sempre que temos algum evento, praia ou sítio, ele já pergunta se os meninos irão.
É muito bom observar o modo como ele aprecia a companhia dos seus amigos, é sinal de que a amizade será marca valiosa na sua caminhada. A Isa também tem um modo todo especial de cultivar amizade. Sua sensibilidade apurada é uma dádiva e percebo que suas relações são e serão cada vez mais refinadas.
Temos um grupo especial de família amigos. É uma bênção. Gratidão!
as crianças brincando na piscina de um dos sítios.
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