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Não dou conta, vou tentando

por Ivone Neto, em 22.11.24

Esses dias ouvi: “Quero um dia ser uma mãe desapegada como você.” Talvez eu nem seja tanto assim porque também escuto o oposto: “admiro como você é uma mãe dedicada para seus três filhos, eu não daria conta.” Diria que eu danço entre os extremos e busco um equilíbrio que inexiste na totalidade na jornada maternal. Somos uma Mãe em construção e as mudanças dos nossos ciclos e dos filhos são permanentes.

A primeira frase em resposta as viagens sozinhas dos filhos. A Elo foi esses dias para Aracaju, o caçula foi em julho e irá novamente mês que vem passar férias no sertão pernambucano, a primogênita mora no outro continente e eu viajarei em breve para o nascimento da baby menina, que completará sua tríade, igual a mãe aqui. Sou mãe e avó da dupla tríade, como diz o Galvão: haja coração! Os sacrifícios, demandas, alegrias, dores e amores dessa caminhada maternidade são desafiantes.

A segunda frase sobre minha ida para amparar minha primogênita. A sequência da conversa, como eu consigo conviver com essa saudade da filha e netos, como eu vou aguentar ficar longe dos outros dois durante esse tempo...respostas que não tenho e que vou desenhar no decorrer dos dias vindouros...um olhar lacrimejante junto das palavras amigas me abraçou. Tão bom se sentir tocada por quem te compreende. Eu vou tentando dar conta, eu sangro, eu choro, eu dou muita risada e mergulho no afeto.

Tem muita cobrança de todos os lados sobre a maternidade. Isso é certo, isso é errado, tem que fazer dessa forma, tem que dar atenção a tudo, ser a Mãe Maravilha impossível, escola, alimentação, brincadeiras, passeios e várias receitas prontas que não cabem na vida das mães, podem até orientar, mas cada fase é vivenciada de modo diferente, porque somos singulares embora semelhantes em algumas circunstâncias. Teu jeito e teu colo são únicos, o colo de minha mãe é um, da tia outro, do irmão e irmã, da avó outro ...

Não há características para definir tudo. Ainda que muitas palavras sirvam para nomear isso ou aquilo, nem a soma de várias será capaz de equacionar a dimensão da maternidade. Tenho aversão a rótulos. Eles querem enquadrar tudo em um formato. Padronizar o que não tem como se encaixar em tabelas rígidas. A elasticidade da maternidade é infinita e cada mãe vai enfrentando e aprendendo com os desafios. O que realmente necessitamos é mais respeito, acolhimento e empatia.

Onde encontro apoio? Na partilha com outras mães. Nesse espaço de troca que fortalece essa árdua e incrível estrada. Hoje mesmo é um dia para praticar uma vivência com mães amigas, num encontro despedida que vai me aquecer com o amor sul global para levar na bagagem para o inverno do Norte que me espera. Estou pronta para essa nova travessia? Não. Tenho a coragem para ser ponte e embarcarei inspirada por Coríntios 13:13: “Estas três coisas continuam para sempre: fé, esperança e amor. E o maior deles é o amor."

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benção dos colos, das mães, tia e avós

publicado às 10:45

Do colo as baladas

por Ivone Neto, em 27.10.24

Adolescente e pré adolescente, uma com 16, outro com 12 anos. As amizades da escola, as efêmeras, as perenes, o aprendizado e os desafios das relações, dos filhos, dos pais, das turmas diferentes. Começa a fase das baladas, dos encontros, das afinidades próximas, dos que se distanciam, é um tal de um dorme na casa de um, outra na casa da outra e, de repente, o silêncio reina na casa.

Sexta e sábado, dose dupla por aqui. Festa de 15 anos, baladas do Halloween. A Isa com sua amiga. O Arthur com o amigo. E o papo dos pais que se reuniram discorrendo sobre o novo cenário. Deu saudade de vê-los reunidos como outrora. Uma melancolia no ar. Uma espécie de luto aflorado pela transformação. Sim, o luto não é apenas pela morte, ele também acontece por diversas situações como rompimentos, mudança de lugar, término de ciclos.

Arthur, por exemplo, teve recentemente a despedida de um amigo da sala que mudou de cidade. Foi triste e bonito observar sua dor que retratou o afeto dos laços criados no espaço estudantil. Ensinar que as mudanças serão permanentes não é tarefa fácil, mas é uma oportunidade também para aprendermos juntos. Me fez refletir sobre como a distância territorial é dolorida, porém não apaga as verdadeiras amizades. Há uma proximidade que palpita na saudade.

A Isa, embora mais introspectiva e madura, tem se tornado mais sociável. Vê-la evoluindo é gratificante. Seletiva por natureza, de sensibilidade aguçada, confio que seus filtros intuitivos são relevantes para criar conexões nutritivas. Ela que já enfrentou tantas adversidades, vai se fortalecendo e ampliando seu aprendizado com as vivências de cada estação. Acredito muito na sua potencialidade, ela é dessas que enxerga além em múltiplos sentidos. É raridade.

A despedida da infância é uma passagem de rito que causa um turbilhão de acontecimentos e emoções. A adolescência é um período de transição para a vida adulta carregado de descobertas, algumas agradáveis, outras nem tanto. É um processo árduo que exige muita paciência, flexibilidade e resiliência para ir vencendo as adversidades. Medo, coragem, sorriso, lágrima, preocupação, liberdade, confiança, escolhas, orientações e muitas experiências para tentar nomear. O ninho vazio, o ninho cheio, o colo, o abraço, as pausas, a chegada, a partida, o recomeço, o retorno, a ida...

Eu, uma mãe na pré menopausa com filhos adolescentes tenho chances de endoidar. Se bem que maluca já sou. O jeito é enfrentar essa missão e pedir muita saúde e força a Deus para acompanhar. Eu que já sou avó fico pensando em como minha primogênita vai lidar com a fase adolescente dos netos, no futuro que logo chegará. As conversas com outras mães nos dão uma noção da dimensão dessa batalha árdua e aprendiz. Partilhar nossas dores e amores é uma forma de nos apoiarmos. Embora cada uma tenha seu diferencial, nos encontramos em similaridades que nos aproximam e fortalecem.

Bora caminhar, ainda que em certos momentos cambaleantes, nessa travessia!

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ter o aval de uma foto com eles é desafiante

publicado às 18:59

Diferentes Mães

por Ivone Neto, em 18.05.23

#tbt dessa mãe que não existe mais. A Mãe da Bruna, não é a mesma da Isabelly, nem a do Arthur. A mãe dessa foto estava aflita e feliz ao mesmo tempo. A mãe dessa foto tinha 19 anos e carregava em seu colo a menina bebê mais linda de que se tem notícia. Essa mãe morava em 2 cômodos e estava de licença maternidade do seu trabalho de recepcionista e ganhava o salário mínimo. A criança usava roupas doadas de outros bebês que também foram doadas para outro. Sim, não houve dinheiro para enxoval e nem teve chá de bebê.

A mãe dessa foto tem muitas cicatrizes e um caminho todo pela frente para seguir aprendendo com cada estação. A maternidade é também árdua e me ensina que o Amor é uma fortaleza cotidiana que vamos exercitando em diferentes retratos.

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Quantas Mães numa única Mãe! E a bebê hoje já é mãe também.

publicado às 18:15

Mudanças que alimentam

por Ivone Neto, em 30.01.09

As mudanças também nos alimentam. Observar as alterações que as mudanças geram na vida das pessoas com as quais convivemos e ter coragem para promovê-las em nossa vida, sem dúvida, é um grande aprendizado. Muitas vezes elas exigem sacrifícios e por isso muitos desistem, mas, posso garantir que eles são válidas quando visualizamos os objetivos propostos sendo concretizados.

 

Desde que iniciamos o primeiro passo da mudança já criamos o poder de transformação que começa a agir de modo gradativo e muitas vezes surpreendentes. Por isso, sempre digo que a persistência e a determinação em permanecer firme com os nosso compromissos nos conduzem rumo as vitórias que desejamos.

Estar apaixonado pelos objetivos, sentir as emoções das conquistas, celebrar cada passo da caminhada, são ingredientes motivadores e que nos permitem desenvolver ainda mais nossa capacidade positiva diante das dificuldades e desafios que sempre surgem. Flexibilidade para moldar, recriar e modificar detalhes do planejamento são também essenciais.

 

Tudo é um movimento que nos direciona para o crescimento e como é um alimento especial a sensação de que estamos evoluindo. E melhor ainda é a perspectiva de que temos muito ainda para aprender e realizar.
 
A tendência de melhoria contínua é uma realidade quando nos engajamos com amor em nossas atividades. É com essa convicção que abracei as mudanças, ficando mais atenta aos sinais intuitivos que afloram cada vez mais, cultivando minha fé e descobrindo que podemos sim construir uma jornada com muitas bênçãos de felicidade.

DICA: Conheça as atividades holísticas do Espaço Alpha e encontre profissionais capacitados para orientá-lo e traçar seu roteiro de sucesso.


Namastê!

publicado às 23:21


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