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Meu Blog Maternidade. Aqui vou registrando meu aprendizado do cotidiano de mãe. Minhas percepções, desafios, emoções, acontecimentos e sensações únicas da minha jornada maternal. Tenho duas filhas e um filho, três sementes, frutos, presentes AMOR
Meu caçula tem 7 anos. No momento da leitura do Arthur esses dias ele dizendo que já sabe o significado de etc foi demais. As muitas descobertas que ele fará inspirado na leitura e escrita também me inspiram. Eles chegam com diversos questionamentos. É natural a comparação nessa fase de que o colega tem isso, a outra tem aquilo, que eles podem isso e aquilo e os etcs. A pauta é imensa. Esses dias Arthur ganhou um celular do padrinho, usado e que está de bom tamanho para ele brincar em jogos e ver vídeos, no tempo que determinamos. Eis então que ele me diz: “mãe meus colegas tem WhatsApp, eu posso ter? E respondi: Não pode ainda. E enveredamos na resposta do NÃO.
Primeiro que na sua idade você ainda não necessita ter WhatsApp. A melhor conversa é ao vivo e a cores. Temos que priorizar o tempo para o que é importante filho. (já fazendo o laço com a sequência)
Segundo, vamos pensar no seu dia hoje como exemplo. Acordamos, mochilas, café e já te deixamos no integral na escola. É certo que você falou pelos cotovelos com seus colegas (tagarela como eu, como diz seu pai). Chegando em casa, enquanto a mãe fez a janta você ficou 20 minutos jogando no celular (nosso combinado), foi tomar banho, jantamos, estudamos pra prova (tem dias que tem lição de casa), assistiu 1 episódio DPA, brincou com seu futebol de botão, acabamos de ler Turma da Mônica e agora é hora de dormir. Você acha que teria tempo pra ficar em WhatsApp?
Terceiro Arthur, seu colega é ele, você é você. Sua família tem suas regras e princípios. A dele também. Não é porquê a mãe e o pai dele permitem certas coisas que nós iremos permitir. As pessoas e as famílias são diferentes. Isso não quer dizer que nosso jeito é o certo e o dele errado. E sim que nossas escolhas são baseadas na nossa estrutura e no que acreditamos ser importantes para nosso cotidiano, nesse momento.
Ele ficou pensativo e disse: É mesmo mãe. É como você vai numa igreja que tem santos e outra pessoa ir em outra?
Uau! Que percepção certeira filho. Isso mesmo. Se respeitarmos o outro tudo fica melhor.
Ah mãe, pode ler só mais 1 história antes de dormir? Com esse olhar terno e com um pedido de leitura eu me derreto. Antes do fim da leitura ele já adormeceu com sua expressão de anjo menino.
“Mãe minha amiga tem celular, porque eu ainda não posso ter?” Questiona minha Isa de 6 anos. Já conversamos sobre isso e já expliquei que ela não tem necessidade de ter um celular. Já tem o tablet para brincar no dia e horário que determinamos. Na quarta-feira a noite, por exemplo, é dia de brincar com amiga, com bonecas e brinquedos.
Ela chegou da casa da outra Isa, novamente com o mesmo questionamento já que sua amiga mostrou seu presente celular. Novamente eu argumentei que celular é um aparelho que utilizamos para nos comunicar com as pessoas e que isso é muito importante no trabalho da mamãe para atender os clientes. É também útil para falar com sua irmã mais velha quando ela viaja ou está fora de casa. Enfim, tentei explicar da melhor forma possível que tudo depende do uso que fazemos. E que é preciso que a necessidade seja compatível com cada situação. E esse ainda não é momento dela utilizar celular.
E a conversa seguiu para outro rumo. Foi à vez de dialogar sobre diferenças. A família da sua amiga é a família dela. Sua família é sua família. As regras variam de casa para casa. O ambiente familiar é palco da diversidade e temos que respeitar que lá é assim e que aqui é assado. E esse papão ainda vai render muitas discussões e aprendizados...
Despois fiquei refletindo sobre nosso papo e logo eu me lembrei dos comentários de um amigo que tem certa aversão a essa “conexão” precoce das crianças que já nascem nesse ambiente “conectado”.
“Felicitar as pessoas via WhatsApp ou Facebook até mesmo quando você está no mesmo espaço está virando rotina.” P...levanta da cadeira e vai lá dar uma abraço.
E completa:
“as crianças ganham tablet ou celular de presente muito cedo, ficam ágeis em telas touch e navegam cada vez menos em universos lúdicos infantis” Tudo em excesso é perigoso.
Equilíbrio é palavra chave e um desafio da jornada maternal e de outras trilhas...
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