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Meu Blog Maternidade. Aqui vou registrando meu aprendizado do cotidiano de mãe. Minhas percepções, desafios, emoções, acontecimentos e sensações únicas da minha jornada maternal. Tenho duas filhas e um filho, três sementes, frutos, presentes AMOR
Já escrevi aqui sobre os desafios da maternidade com base nas minhas experiências. E observo também a caminhada de outras mães. Há muitas similaridades e também muitas diferenças, pontuando que cada uma de nós vai tecendo sua história de modo único. Quando falo em semelhanças é diferente de comparação. Aliás, tenho horror às comparações carregadas de rótulos e julgamentos. Quando rotulamos restringimos a visão, quando respeitamos e nos abrimos para novas percepções somos capazes de avançar na compreensão do outro, com mais empatia e amor.
Situações semelhantes como, por exemplo, o primeiro dia do filho na creche, os primeiros dentes, a primeira formatura, as espinhas, as primeiras paqueras, passeios com amigos...Sentimentos semelhantes como culpa, medo, dúvidas, alegrias, admiração...são semelhantes sim, no entanto, nosso sentir e ação diante deles são diferenciais. O modo como eu sinto ou reajo pode ser o oposto ao de outra mãe em um mesmo acontecimento. E não quer dizer que estou certa e ela errada. Somos humanas distintas. E todas nós vamos errando, ensinando e aprendendo, num ciclo contínuo.
Sou mãe de três e em cada fase fui amadurecendo. Fui mãe cedo, aos 19 anos. Quando a Isa nasceu eu tinha 33 e o Arthur eu já tinha 37 anos. São ciclos com transformações permanentes. A mãe da Bruna não foi a mesma da Isa nem é a do Arthur e eu sou a Mãe da tríade nessa metamorfose de mudanças. Ainda hoje quando me perguntam algumas coisas sobre cólicas e outras assuntos corriqueiros eu não sei responder. Gente tem coisas que parecem foram apagadas da minha memória. Algumas estão bem vivas como o cheiro deles, a canção de ninar dos três, o jeito de mamar. Agora se me perguntarem qual remédio para cólica ou o que fazer quando está nascendo os dentes, não vou saber responder, vou recorrer a minha farmacêutica de confiança. Quando é sobre outras pautas e o que não faltam são assuntos para as mães, eu partilho minha vivência, enfatizando que não quer dizer que é o certo e que cada uma vai aprendendo no dia a dia.
Trocar experiências com outras Mães é enriquecedor. Esses dias falando sobre o cansaço de trabalhar, amamentar a noite e os demais etcs do nosso cotidiano, eu relatei que quando o meu caçula tinha 9 meses, um dia eu estava tão exausta que estava lavando a louça do jantar e as lágrimas escorria quentes em meu rosto e meu marido assustado perguntou o que estava acontecendo: “estou cansada. Chorando de cansaço.” Esse diálogo sobre o cansaço despertou outras memórias, como o processo de desmamar o Arthur. Na sequência da crise de pranto eu tive dois desmaios em uma mesma semana e vi que estava na hora de mudar, de desmamar para ter uma noite de sono reparadora. E foi o que fiz.
É preciso aceitar o seu cansaço, ouvir seu corpo, isso de ser a Mulher Maravilha que consegue dar conta de tudo é um padrão que querem nos impor. Agora estou numa outra fase, meu caçula logo completará 10 anos, meus cabelos brancos pipocam, os sinais da menopausa já acenam, preciso priorizar a saúde, os cuidados com minha qualidade de vida. Minha sensível Isa já é uma adolescente, minha primogênita já é mãe da Peaches e Damian. Sim, eu sou Avó e a nova estação já está repleta de desafios que exigem novas mudanças. Nessa caminhada sigo dialogando com as mães e agradecendo as nossas semelhanças e diferenciais nessa pluralidade que é Ser Mãe.
meu caçula menino Arthur, energia do afeto
minha primogênita Bruna, a enigmática Mãe dos meus netos Peaches e Damian
Minha Menina Isa, o elo sensível
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